Dirigente: A graça e a Paz de Deus, nosso Pai, e de Jesus Cristo, Nosso Senhor, estejam convosco.
Todos: Bendito Seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.
Breve fala sobre o objetivo do Momento Celebrativo.
Dirigente: Caríssimos irmãos e irmãs, a família recebeu pelo sacramento do matrimônio a graça de Cristo e uma vida nova, chamada a ser discípula e missionária na construção do Reino de Deus a serviço da Vida. Vamos neste nosso encontro invocar a benção do Senhor, pelas famílias aqui presentes, para que Deus as ilumine e que o Espírito Santo que a chamou e a fez participante do Povo de Deus a torne fiel discípula na expansão de seu Reino.
Iniciemos este nosso encontro, cantando:
Canto à escolha
Dirigente: Queremos refletir nesta noite sobre a missão da família: Acolher e partilhar para que o Reino de Deus aconteça a partir da espiritualidade da dimensão do “tudo” contidas na Palavra de Deus: “Amarás o Senhor teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças”(Dt6,5) e “Comeram tudo e se saciaram” (Lc,9,17). Nesta perspectiva da dimensão da totalidade refletiremos as entranhas da vocação da família chamada a ser discípula e missionária de Jesus Cristo numa realidade de sociedade fragmentada e calculista. E é neste contexto de realidade de sociedade que a família é chamada à vivência de uma espiritualidade, nesta reflexão centrada em três pilares: Acolher tudo no amor – Gratuidade do amor de Deus revelada em Jesus Cristo. Amar a todos indiscriminadamente – Deus não tem reservas no seu amor, e amar por inteiro e se dá na gratuidade - que nos remete ao compromisso cristão e familiar: Servir por inteiro, comprometendo-se com o anúncio do Reino, com a evangelização.
Rezemos juntos:
Deus, Tu que és Pai, nos deste em teu Filho Jesus Cristo um exemplo de humildade e serviço na gratuidade do servir. Ajudai-nos a viver neste espírito de humildade e entrega ao teu Reino. Que saibamos acolher a tua bondade e através dela atuemos com gratuidade na educação de nossos filhos e na construção de um mundo mais humano e fraterno. Que em tudo estejamos a serviço da Vida plena em Deus. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Dirigente: Que a exemplo de Maria, nossa mãe, possam nossas Famílias se deixar conduzir pelo convite da Mãe que pede e o Filho atende e não deixa faltar o vinho da alegria, da vida, da acolhida, do serviço, do amor, de uma sociedade mais justa, solidária e fraterna.
Ainda hoje Maria nos diz: “Eles não têm vinho”. Façamos através do nosso compromisso cristão familiar, do nosso testemunho e exemplo: jorrar sobre a humanidade o vinho novo de Jesus, nascido da Virgem Maria, cientes de que é no seio das FAMÍLIAS que são geradas as vocações para o discipulado no serviço à Igreja de Jesus Cristo na construção do seu Reino na terra. Rezemos cantando...
Canto: “Nossa Senhora”
PALAVRA DE DEUS
Dirigente: A verdadeira Família é aquela que realiza nas relações familiares à vontade de Deus. Vamos com muita alegria receber a Palavra de Deus, fonte inspiradora da Família de Nazaré e que deve iluminar a vida de nossas famílias no seu compromisso cristão de serem discípulas e missionárias. Cantemos:
É como a chuva que lava. É como o fogo que arrasa. Tua Palavra é assim não passa por mim, sem deixar um sinal. (2x)
1-Tenho medo de não responder de fingir que não escutei. Tenho medo de ouvir teu chamado virar de outro lado, e fingir que não sei.
2-Tenho medo de estar gritar e negar-te o meu coração. Tenho medo do Cristo que passa oferece uma graça e eu lhe digo que não.
Leitura: Jo 13,1-17
RELEXÃO PARTILHADA
Dirigente: Neste trecho o evangelista São João nos fala que a doação e o serviço na comunidade brotam do amor e do desejo que cada pessoa tem de ajudar a comunidade a descobrir seus talentos e a colocar-se inteiramente a serviço uns dos outros.
L1: Aquilo que se passou durante a ceia, e é narrado pelo Evangelho, resume-se no gesto profundo do lava-pés. Durante a ceia, num gesto próprio de um empregado, Jesus levanta-se e lava os pés de seus discípulos. Dessa forma, ele revela-se como o servo de Deus que se coloca a serviço das pessoas e nos dá o sublime exemplo da humildade, virtude que norteou toda a caminhada da Família de Nazaré como discípula e missionária do Pai.
L2: Na comunidade há vários serviços, uns diferenciados de outros, mas todos importantes para o bem e o crescimento do grupo, assim como para a edificação do Reino de Deus. Também nas relações em família várias são as funções e talentos. Compete aos Pais uma orientação segura aos filhos e filhas para que cada um e cada uma percebam o seu lugar na comunidade familiar e na comunidade Povo de Deus com deveres e responsabilidades.
T.: Senhor, queremos repetir em nossos lares a vivência da Família de Nazaré. Ensina-nos a olhar para a vivência desta Família Santa e faz-nos semelhantes a ela.
L3: A Família precisa crer na sua capacidade de realização através da fé. Tem necessidade absoluta de manter viva a esperança que vem de Deus.
T.: Senhor, nesta celebração pelas famílias pedimos a coragem para abrirmos ao Espírito de Deus e assim fazer resplandecer a verdadeira face do Deus-Conosco, Deus misericordioso e amigo, sensível , fraterno e gratuito, Mãe e Pai. Amém!
L4: Como família chamada a ser discípula e missionária de Jesus na construção do Reino de Deus a serviço da vida, Deus nos chama a uma contínua revisão de nossas práticas cristãs na educação de nossos filhos e filhas e nos perguntar permanentemente: como está nossa vida pessoal, nossa prática religiosa e comunitária, nossa presença de Igreja neste país tão marcado pelas diferenças, violências e injustiças. Como podemos expressar nosso compromisso de doação, de gratuidade e de amor com gestos concretos?
Refletindo e Conversando:
O que mais me chamou a atenção neste relato tão conhecido de São João?
Qual a novidade que vem pela leitura?
Destaque todos os gestos e falas de Jesus neste episódio. O que eles significam na sua missão da Família educadora e construtora das relações de gratuidade e serviço ao próximo?
Como entender a reação de Pedro? Qual o problema dele? Acontecem situações semelhantes no seio de nossas famílias?
Quais são as dificuldades em nossas famílias de colocar em prática o mandamento de Jesus que nos manda lavar os pés uns dos outros?
Canto à escolha
PRECE E LOUVOR
D: Um dia, Jesus estava rezando em certo lugar. Quando terminou, um dos seus discípulos pediu:
T.: Senhor ensina-nos a rezar, como João ensinou a seus discípulos.
D: Então Jesus disse a seus discípulos: “Quando orardes, dizei”... (cf Lc11,1-4)
T.: Pai nosso!
L1.: Não só Pai, mas Mãe também.
T.: Que estais nos céus!
L2.: Não só no céu, mas também na terra, aqui entre nós, reunidos neste momento, nas fábricas e universidades, nos colégios e creches, nos seminários e conventos, no campo e na cidade, nas favelas e mansões, nas bancas e lojas, nos bares, boates e feiras livres, nos edifícios e cortiços, nos shoppings e pequenos comércios, nas comunidades, Igrejas e capelas, na família, no posto de saúde e hospitais, em todos os lugares, em todas as coisas visíveis e invisíveis onde a vida se faz chamado de Deus.
T.: Santificado seja o vosso nome.
L3: Que o nome de Deus seja santificado em todo homem e mulher de boa vontade, naqueles que assumem, com responsabilidade e alegria, a sua missão a serviço da vida e da esperança.
T.: Venha a nós o vosso Reino.
L4: E com o vosso Reino, Senhor, venha o emprego, a casa própria, a terra, a água, a saúde, a educação, a justa distribuição dos bens,a paz,o direito de ir e vir,a harmonia entre as pessoas e os corpos se abraçando.
T.: Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu.
L5: Isso mesmo, Senhor, a vossa vontade! E não a vontade dos poderosos, do capitalismo, das forças repressoras da guerra, da intolerância e do preconceito, da corrupção e da mentira, e nem a vontade da dívida interna e externa. E quanto a nós, ajudai-nos a viver melhor nossa vocação de batizados e batizadas, a fim de que procuremos discernir sempre qual é a vossa vontade.
T.: O pão nosso de cada dia nos daí hoje.
L1: Livrai-nos da fome e da miséria. Libertai-nos do egoísmo, mas dai-nos o senso da partilha e da gratuidade. Que em cada “hoje” tenhamos o pão, a água, o sono, e sejamos livres da ansiedade e do medo.
T.: Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.
L2: Senhor, este trecho dá até medo, pois sabemos como é difícil perdoar. E se não aprendermos a perdoar, como seremos perdoados? Muitas vezes condicionamos o perdão, quando deveríamos perdoar na gratuidade. Por isso, ensinai-nos a perdoar.
T.: E não nos deixeis cair em tentação.
L3: Principalmente a tentação da preguiça e da ambição, da falta de compromisso na tarefa de educar os nossos filhos. A tentação da língua que envenena e mata a dignidade humana. A tentação do desânimo, do medo e da desistência da própria vida.
T.: Mas livrai-nos de todo mal. De todos os males, Senhor, de todos! Amém.
CONCLUSÃO
D: Queremos agradecer ao Senhor, Mestre e Companheiro, Jesus de Nazaré, Filho de Deus e da Virgem Maria, o Ressuscitado, vencedor da morte e animador da vida e da esperança.
Animador da vocação ao Matrimônio, da vida familiar. Queremos agradecer neste mês missionário a Maria, nossa mãe, a Missionária por excelência do Pai , que nos deu o mais sublime, exemplo de Família constituída com José e seu filho Jesus.
T.: Agradecer por tantas famílias, de todos os tempos e lugares, que assumiram e assumem – com convicção e coragem, na gratuidade – o seguimento radical do evangelho. Queremos recebê-la em nosso meio e que ela nos ensine a sermos imitadores da Família de Nazaré.
Canto: Consagração a Nossa Senhora Aparecida
Dirigente: O Senhor Jesus, que morou em Nazaré com sua Família, defendendo-a de todo mal, vos conceda ser um só coração e uma só alma. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém
Dirigente: Glorifiquem a Deus em Jesus, Maria e José, por nossas Famílias. Vamos em paz e que o Senhor nos acompanhe.
Todos: Amém
Canto: Oração das Famílias
