segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

COROA DO ADVENTO - 3ª VELA

 


CELEBRAÇÃO PARA A TERCEIRA SEMANA DO ADVENTO


Invocação a Trindade Santa: Nas horas de Deus, amém! Pai, Filho e Espírito Santo! Luz de Deus em todo canto, nas horas de Deus, amém!

Nas horas de Deus, amém! Que o bem nos favoreça, que o mal não aconteça, Nas horas de Deus, amém!

Nas horas de Deus, amém! Que o coração do meu povo, de amor se torne novo, Nas horas de Deus, amém!

Nas horas de Deus, amém! Que a colheita seja boa, que ninguém mais vague à toa, Nas horas de Deus, amém!

Dir.: Pela terceira vez estamos reunidos em torno da Palavra e do Família de Nazaré. Em frente do presépio vemos 4 velas, duas das quais já acesas. A primeira vela acesa há duas semanas nos lembra o Profeta Isaías, como nele a humanidade projetou o brado de esperança “Vinde, Senhor, abra-se a terra e germine o Salvador”. A segunda vela, acesa na segunda semana, nos lembra o arauto, João Batista, que nos mandou preparar o caminho para o Salvador. Hoje vamos contemplar uma terceira pessoa, pela qual se concretiza finalmente a esperança de Isaías. Trata-se de Maria. É ela também que mais do que ninguém atendeu ao apelo de João Batista: “Preparai os caminhos do Senhor”.

L1: Com ela começa uma nova era. Ela é a porta que liga dois grandes períodos: a Antiga Aliança e a Nova Aliança, a morte e a vida.

L2: Adão e Eva pela sua desobediência nos trouxeram a morte, mas se prenderam aquele fio de luz, aquela promessa divina.

Dir.: “Porei inimizade entre ti e a mulher. Entre a tua descendência e a descendência dela. E ela esmagará a tua cabeça e tu em vão tentaras mordê-la no calcanhar”. (Gen 3,15)

L3: Chegou o tempo de dar boas-vindas a essa senhora. Pois é ela a nova Eva que nos trouxe a luz divina, o novo e verdadeiro Adão, Senhor da Vida e da morte. É ela que esmagou o poder de Satanás.

T.: Salve Maria, salve Mãe do Redentor, salve nossa Mãe.

L1: Isaías se referiu a ela, quando profetizou:

Dir.: “Eis que uma Virgem conceberá e dará à luz um filho e será chamado Emanuel”. (Is 7,14)

L2: No entanto, Maria, da linhagem do rei Davi, era aparentemente uma moça comum, uma nazarena que buscava a Deus.

L1: É verdade que ela, como todas as jovens, sonhava com o nascimento do Messias. Pois o Salvador estava para chegar.

L2: Ela conhecia a Escritura e meditava sobre textos referentes ao Salvador prometido, mas não pensava que seria a mãe eleita.

L1: Ouçamos, porém, o que o Evangelista São Lucas nos narra:

L2: O anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi; e o nome da Virgem era Maria. Entrando, o anjo lhe disse:

T.: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo, bendita és tu entre as mulheres”.

L1: Maria, não compreendendo o sentido dessas palavras, ficou um tanto perturbada, mas o anjo continuou:

T.: “Não temas, Maria, pois encontrastes graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-se-á filho do Altíssimo, e o seu reino não terá fim”.

L2: Mas, perguntou Maria, como há de realizar-se tamanho mistério em mim?

L3: Respondeu-lhe o anjo:

T.: “O Espírito Santo descerá sobre ti e a força do Altíssimo cobrir-te-á com a sua sombra. Por isso o Santo Filho que nascer de ti será chamado Filho de Deus”.

L1: E então, inclinando a cabeça, Maria numa disposição total proferiu sua palavra máxima, a sua palavra de fé, de entrega, de humildade e de aceitação.

T.: Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra.

L2: Certamente ela não compreendeu o alcance dessas palavras, pois só depois da ressurreição ficou bem evidente que era o seu Filho Jesus.

L3: Por isso causaram essas palavras, ao lado de imensas alegrias, profundas chagas e dores.

L1: Maria, porém, deu a sua palavra e a cumpriu, com verdadeiro heroísmo até o fim.

T.: Obrigado, Maria, pelo seu exemplo de esperança, de humildade, de penitência, de fé, de amor e de perseverança.

L2: Depois que o anjo se afastou, Maria foi às pressas à casa de sua parente Isabel, que esperava um filho. Logo que Maria saudou Isabel, essa ficou cheia do Espírito Santo e exclamou:

T.: “Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Salvador? Bem-aventurada és tu que creste. Pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas”.

L3: Veja como o Salvador foi concebido em Maria, antes de tudo pela fé: “pois tu creste”.

L1: Maria parecia transformada quase que visivelmente pelo tesouro divino que trazia consigo.

Dir.: Cristo está bem perto. Acendamos a terceira vela (rósea), cantando:

Canto: Que coroa é essa? Pra que rei será? (bis) é a coroa do Messias, é pro Filho de Maria! (bis).

Alegrai, alegrai, alegrai, o espírito vosso, alegrai! Ele vem, ele vem, ele vem, e na luz do Senhor caminha! (bis)

L2: Quem melhor do que Maria nos poderia ensinar como se espera o Senhor, como preparar-lhe um berço em nosso coração, como hospedá-lo? Ninguém teve um advento tão sagrado como ela. Portanto:

T.: Maria, aumentai em nós a fé em vosso Filho. Ensinai-nos aquela lição de humildade; “Eis aqui a escrava do Senhor”. Ajudai-nos a fazer da frase “Seja feita a vossa vontade” a mola mestra da nossa vida. Que o Reino do vossa Filho venha, se desenvolva através do esforço de cada um de nós, até nos encontrarmos plenamente, no fim dos tempos. Vinde, Senhor, vinde.

Dir.: Para encerrar este nosso encontro: vamos neste momento nos consagrar a nossa Mãe, a Virgem de Nazaré, a fim de que ela nos acompanhe nestes tempos finais da chegada de nosso Salvador e Senhor, Jesus Cristo, cantando:

Canto final: Ó minha Senhora e também minha mãe,/ Eu me ofereço inteiramente todo a vós./ E, em prova de minha devoção,/ eu hoje vos dou meu coração./ Consagro a vós meus olhos,/ meus ouvidos, minha boca./ Tudo o que sou, desejo que a vós pertença./ Incomparável Mãe,/ guardai-me, defendei-me,/ como filho(a) e propriedade vossa. Amém. (bis)