CELEBRAÇÃO PARA A TERCEIRA SEMANA DO ADVENTO
Invocação a Trindade Santa: Nas horas de
Deus, amém! Pai, Filho e Espírito Santo! Luz de Deus em todo canto, nas horas
de Deus, amém!
Nas
horas de Deus, amém! Que o bem nos favoreça, que o mal não aconteça, Nas horas
de Deus, amém!
Nas
horas de Deus, amém! Que o coração do meu povo, de amor se torne novo, Nas
horas de Deus, amém!
Nas
horas de Deus, amém! Que a colheita seja boa, que ninguém mais vague à toa, Nas
horas de Deus, amém!
Dir.: Pela terceira vez
estamos reunidos em torno da Palavra e do Família de Nazaré. Em frente do
presépio vemos 4 velas, duas das quais já acesas. A primeira vela acesa há duas
semanas nos lembra o Profeta Isaías, como nele a humanidade projetou o brado de
esperança “Vinde, Senhor, abra-se a terra e germine o Salvador”. A segunda
vela, acesa na segunda semana, nos lembra o arauto, João Batista, que nos
mandou preparar o caminho para o Salvador. Hoje vamos contemplar uma terceira
pessoa, pela qual se concretiza finalmente a esperança de Isaías. Trata-se de
Maria. É ela também que mais do que ninguém atendeu ao apelo de João Batista:
“Preparai os caminhos do Senhor”.
L1: Com ela começa
uma nova era. Ela é a porta que liga dois grandes períodos: a Antiga Aliança e a
Nova Aliança, a morte e a vida.
L2: Adão e Eva pela
sua desobediência nos trouxeram a morte, mas se prenderam aquele fio de luz,
aquela promessa divina.
Dir.: “Porei inimizade
entre ti e a mulher. Entre a tua descendência e a descendência dela. E ela esmagará
a tua cabeça e tu em vão tentaras mordê-la no calcanhar”. (Gen 3,15)
L3: Chegou o tempo de
dar boas-vindas a essa senhora. Pois é ela a nova Eva que nos trouxe a luz
divina, o novo e verdadeiro Adão, Senhor da Vida e da morte. É ela que esmagou
o poder de Satanás.
T.: Salve Maria, salve Mãe do Redentor,
salve nossa Mãe.
L1: Isaías se referiu
a ela, quando profetizou:
Dir.: “Eis que uma
Virgem conceberá e dará à luz um filho e será chamado Emanuel”. (Is 7,14)
L2: No entanto,
Maria, da linhagem do rei Davi, era aparentemente uma moça comum, uma nazarena
que buscava a Deus.
L1: É verdade que
ela, como todas as jovens, sonhava com o nascimento do Messias. Pois o Salvador
estava para chegar.
L2: Ela conhecia a
Escritura e meditava sobre textos referentes ao Salvador prometido, mas não
pensava que seria a mãe eleita.
L1: Ouçamos, porém, o
que o Evangelista São Lucas nos narra:
L2: O anjo Gabriel
foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré a uma virgem
desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi; e o nome da Virgem
era Maria. Entrando, o anjo lhe disse:
T.: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo, bendita
és tu entre as mulheres”.
L1: Maria, não
compreendendo o sentido dessas palavras, ficou um tanto perturbada, mas o anjo
continuou:
T.: “Não temas, Maria, pois encontrastes graça diante
de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus.
Ele será grande e chamar-se-á filho do Altíssimo, e o seu reino não terá fim”.
L2: Mas, perguntou
Maria, como há de realizar-se tamanho mistério em mim?
L3: Respondeu-lhe o
anjo:
T.: “O Espírito Santo descerá sobre ti e a força do Altíssimo
cobrir-te-á com a sua sombra. Por isso o Santo Filho que nascer de ti será
chamado Filho de Deus”.
L1: E então,
inclinando a cabeça, Maria numa disposição total proferiu sua palavra máxima, a
sua palavra de fé, de entrega, de humildade e de aceitação.
T.: Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo
a tua palavra.
L2: Certamente ela
não compreendeu o alcance dessas palavras, pois só depois da ressurreição ficou
bem evidente que era o seu Filho Jesus.
L3: Por isso causaram
essas palavras, ao lado de imensas alegrias, profundas chagas e dores.
L1: Maria, porém, deu
a sua palavra e a cumpriu, com verdadeiro heroísmo até o fim.
T.: Obrigado, Maria, pelo seu exemplo de esperança, de
humildade, de penitência, de fé, de amor e de perseverança.
L2: Depois que o anjo
se afastou, Maria foi às pressas à casa de sua parente Isabel, que esperava um
filho. Logo que Maria saudou Isabel, essa ficou cheia do Espírito Santo e
exclamou:
T.: “Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu
Salvador? Bem-aventurada és tu que creste. Pois se hão de cumprir as coisas que
da parte do Senhor te foram ditas”.
L3: Veja como o
Salvador foi concebido em Maria, antes de tudo pela fé: “pois tu creste”.
L1: Maria parecia
transformada quase que visivelmente pelo tesouro divino que trazia consigo.
Dir.: Cristo está bem
perto. Acendamos a terceira vela (rósea), cantando:
Canto: Que coroa é essa?
Pra que rei será? (bis) é a coroa do Messias, é pro Filho de Maria! (bis).
Alegrai, alegrai, alegrai, o
espírito vosso, alegrai! Ele vem, ele vem, ele vem, e na luz do Senhor caminha!
(bis)
L2: Quem melhor do que Maria nos poderia ensinar como se
espera o Senhor, como preparar-lhe um berço em nosso coração, como hospedá-lo?
Ninguém teve um advento tão sagrado como ela. Portanto:
T.: Maria, aumentai em nós a fé em vosso Filho. Ensinai-nos
aquela lição de humildade; “Eis aqui a escrava do Senhor”. Ajudai-nos a fazer
da frase “Seja feita a vossa vontade” a mola mestra da nossa vida. Que o Reino
do vossa Filho venha, se desenvolva através do esforço de cada um de nós, até
nos encontrarmos plenamente, no fim dos tempos. Vinde, Senhor, vinde.
Dir.: Para
encerrar este nosso encontro: vamos neste momento nos consagrar a nossa Mãe, a
Virgem de Nazaré, a fim de que ela nos acompanhe nestes tempos finais da
chegada de nosso Salvador e Senhor, Jesus Cristo, cantando:
Canto final: Ó minha Senhora e
também minha mãe,/ Eu me ofereço inteiramente todo a vós./ E, em prova de minha
devoção,/ eu hoje vos dou meu coração./ Consagro a vós meus olhos,/ meus
ouvidos, minha boca./ Tudo o que sou, desejo que a vós pertença./ Incomparável
Mãe,/ guardai-me, defendei-me,/ como filho(a) e propriedade vossa. Amém. (bis)