quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

CELEBRAÇÃO DE NATAL

Símbolos: preparar a coroa do advento, presépio, imagem do Menino Jesus e os cantos.

Canto de entrada
 
Dir.: Iniciemos nossa celebração, rezando juntos:
 
T. (Todos): Trindade Amada, vós sois a fonte da vida. Em vosso coração de Pai carregais todos os vossos filhos e filhas. Filho Jesus, pela vossa Encarnação viestes experienciar nossa vida humana, finita, fazendo-vos tão próximo e um de nós. Espírito Santo, vós nos apontais o caminho de Jesus para vivermos a unidade na diferença com todas as pessoas.

Dir.: Estamos reunidos em vosso nome, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
T.: Amém, assim seja.
 
Dir.: Irmãos, depois de 4 semanas de preparação chegamos finalmente à noite tão esperada. Quatro vezes nos reunimos aqui nesta Igreja, em redor do presépio vazio. Quatro vezes acendemos uma vela, fazendo uma reflexão sobre três personagens bíblicos que tiveram uma influência enorme na vinda histórica do Salvador, a saber:
 
L1: O Profeta Isaías, João Batista e Maria cada um preparou à sua maneira a vinda de Cristo.
 
L2: Isaías suspirou pelo Salvador, longos e longos séculos antes do nascimento dele.
 
L3: E nós unimos a ele com a mesma esperança, pedindo a vinda de Cristo pela Graça.
 
L1: João Batista nos exortou a prepararmos o caminho para a vinda, tirando os obstáculos das faltas de amor.
 
L2: Maria nos despertou para união; é ela que nos ensinou como se espera o Senhor, como se deve hospedá-lo e como fazer-lhe um berço de nosso coração.
 
L3: Por fim, ao acender a quarta vela vimos na ultima reflexão a possibilidade de nos encontrarmos pessoalmente e de um modo bem concreto com o Salvador, na pessoa do próximo.
 
Dir.: e é exatamente contra o próximo que nós falhamos e pecamos continuamente. Peçamos, portanto, antes e prosseguirmos, perdão por todas as faltas cometidas, dizendo: Senhor, tende piedade de nós.
T.: Senhor, tende piedade de nós.
 
L1: Eis como luminosidade de quatro velas do advento se transforma numa luz esplêndida.
 
L2: Vejam como a estrela brilha sobre o lugar, séculos antes indicando por um profeta.
 
Dir.: E tu Belém, tão pequena entre as cidades de Judá, de ti sairá aquele que deve reinar (cf.Miq 5,1.)
 
L3: Chegou o dia de feliz esperança: “Abra-se a terra e germine o Salvador”.
 
L1: “Hoje, um menino nos nasceu, um Filho nos foi dado”.
Todos: “Cantai ao Senhor um cântico novo, / pois Ele fez maravilhas”.
 
L2: Senhor, preparamos o caminho e nosso coração, vinde agora.
 
L3: Ouçamos como São Lucas conta o nascimento de Jesus Cristo.
 
(chegamos às palavras: “deitou- o numa manjedoura”, alguém coloca o Menino Jesus no presépio e todos se ajoelharão uns momentos para adorá-lo).
 
Dir.: “Por aqueles dias, saiu um édito da parte de César Augusto para ser recenseada toda a terra. Este recenseamento foi o primeiro que se fez, sendo Quirino governador da Síria. Todos iam recensear-se, cada qual à sua própria cidade. Também José, deixando a cidade de Nazaré, na Galileia, subiu até a Judéia, à cidade de David, chamada Belém, por ser da casa e linhagem de David, a fim de se recensear com Maria, sua esposa, que se encontrava grávida. E, quando eles ali se encontravam, completaram-se os dias de ela dar à luz e teve o seu filho primogênito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria. Na mesma região encontravam-se uns pastores que pernoitavam nos campos, guardando os seus rebanhos durante a noite. Um anjo do Senhor apareceu-lhes, e a glória do Senhor refulgiu em volta deles; e tiveram muito medo. O anjo disse-lhes: Não temais, pois vos anuncio uma grande alegria, que o será para todo o povo: Hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador, que é o Messias Senhor. Isto vos servirá de sinal: encontrareis um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura. De repente, juntou se ao anjo uma multidão do exército celeste, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz sobre a terra aos homens a quem Ele quer bem!”

Canto (este ou outro de louvor)
1. Glória ao Pai dos homens, dos anjos do mundo o Criador.
           Glória a Ti, Senhor!
2. Glória a Cristo, Filho de Deus, nosso Irmão Redentor!
3. Glória a Deus Espírito Santo o santificador!
 
L1: Ajuntemo-nos aos pastores, louvando a Deus cantando “Noite Feliz!”:
 
1. Noite feliz, noite feliz! Ó senhor, Deus de amor, pobrezinho nasceu em Belém; Eis na lapa Jesus, nosso bem. Dorme em paz, ó Jesus
 
2. Noite feliz, noite feliz! Ó Jesus, Deus da luz, Quão afável é teu coração, que quiseste nascer nosso irmão. E a nós todos salvar

3. Noite feliz, noite feliz! Eis que no ar vem cantar aos pastores, seus anjos no céu, anunciando a chegada de Deus. De Jesus salvador
 
Dir.: De joelhos agradeçamos ao Menino Jesus a infinita bondade e graça de sua vinda. Depois de cada proclamação, todos respondem: “ Obrigado, Senhor, Luz do mundo”.
  1. Pela realização da promessa feita à humanidade.
  2. Pelos profetas que nos iluminaram o caminho.
  3. Pelo grande exemplo de fé e de humildade da parte de vossa Mãe Maria.
  4. Pelo fato que estais sempre ao nosso alcance na pesoas do próximo.
  5. Pelas graças recebidas neste tempo do Advento.
T.: Deus Pai, / o nosso muito obrigado pela luz esplêndida e verdade nesta noite./ fazei que esta luz ilumine nossas almas, / acenda em nós o fogo do vosso Amor, / para que um dia nós nos unamos no vosso Reino definitivo. Assim Seja.
 
Dir.: Abracemo-nos agora uns aos outros com nossos votos de um Santo Natal.
 
Dir.: O Senhor nos abençoe, guarde-nos e todo o mal e nos conduza à vida eterna.
 
T.: Amém.

Canto final (Hoje a noite é bela ou outro)
 


quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

QUARTA SEMANA DO ADVENTO - CELEBRAÇÃO

Invocação a Trindade Santa

Canto de abertura: Estes lábios meus vinde abrir, Senhor! Cante a minha boca sempre o seu louvor. Glória seja ao Pai, ao Filho e ao Amor também, que é um só Deus em Pessoas três, agora e sempre e sem fim. Amém.

Dir.: Pela última vez estamos reunidos em torno do presépio. Em frente do presépio vemos quatro velas, três das quais já foram acesas. A primeira vela, acesa há três semanas, nos lembra aquela luzinha fraca da promessa divina que no Profeta Isaías encontrou um eco forte e esperançoso: “Vinde, Senhor, abra-se a terra e germine o Salvador”. A segunda vela acesa há duas semanas nos lembra como João Batista nos exortou e admoesta a prepararmos o caminho para a vinda do Senhor. A terceira vela acesa na semana passada nos lembra a Virgem Maria que teve um Advento tão sagrado como jamais houve. E hoje vamos refletir sobre a possibilidade de nos encontrar com o nosso Salvador.

L1: Ouçamos a história de um homem que esperava pela vinda de Cristo. Essa história poderia ser a de qualquer um de nós: de Maria, de Mario, de Isabel, de Francisco, de Tiago, de Antonio. Entretanto, chamamos o personagem pelo nome de Geraldo.

L2: Geraldo era um homem que vivia sozinho, isolado de todo o mundo, ou melhor, ele se isolava de si mesmo fechando o seu coração. Talvez por causa disso vivia insatisfeito. Ele achava a vida escura, sem graça.

L3: Um belo dia, era por ocasião de Natal, Geraldo teve um sonho no qual ouviu o seguinte: “Geraldo, amanhã você receberá a visita do Menino Jesus”.

L1: Geraldo levantou-se bem cedo, arrumou a casa, matou um frango, preparou um almoço bem gostoso, vestiu a melhor roupa que tinha e começou a esperar.

L2: De repente ouviu passarinhos e uma leve batida na porta.

L3: Geraldo apressou-se em abri-la e... era um menino qualquer pedindo um copo de água.

L1: Geraldo ficou zangado, queria mandar o menino embora, dizendo que não tinha água, mas acabou servindo ao menino.

L2: Passou certo tempo e novamente alguém bateu à porta.

L3: Era uma senhora idosa que morava meia légua distante.

L1: “Senhor Geraldo, me desculpe, mas chegou visita em minha casa; acontece que acabou meu feijão e açúcar; será que o senhor poderia emprestar um pouco dos dois?”.

L2: Geraldo já meio impaciente, virou as costas e resmungando, porém sem jeito, deu o que a senhora tinha pedido.

L3: Depois que ela saiu começou a chover. Primeiramente devagar, depois mais forte, era um verdadeiro temporal. O tempo passava; a mesa estava posta, a comida prontinha, mas nada do Menino Jesus.

L1: Ele ouviu um barulho dum carro. Passaram-se cinco minutos. Alguém abriu o portão: “O de casa”.

L2: Geraldo abriu a porta. “Boa noite, disse o homem, o meu carro atolou; por favor, queira me ajudar um momento”.

L3: Sumamente incomodado, Geraldo seguiu o homem pela chuva, arregaçou as mangas e pôs-se a ajudá-lo.

L1: Depois de meia hora, conseguiram tirar o carro, mas lá se foi a roupa bonita de Geraldo, molhada pela chuva e suor, toda cheia de lama.

L2: Nesta altura Geraldo convidou o homem a entrar, a fim de lavar as mãos; e uma vez dentro, vendo o frango assado e cansado de esperar pelo tal Menino Jesus, sentou-se à mesa e repartiu a refeição com o homem.

L3: Já era tarde, quando o homem se foi. Gerado ficou só, desanimado e decepcionado com o sonho. No entanto, ele precisava desabafar-se, soltar as mágoas e por isso ajoelhado, cobrindo o seu rosto com as grandes mãos, começou a pensar e a refletir sobre o sonho.

Dir.: E então, no silêncio da noite, Geraldo fez a maior descoberta de sua vida. Era como se ele ouvisse uma voz que dizia:

L1: Geraldo, hoje você me recebeu três vezes. Aquele menino pedindo água, aquela senhora à qual você deu feijão e açúcar, aquele senhor que você ajudou, era Eu. Pois lembre-se da minha palavra:
T.: Todas as vezes que fizestes um beneficio a um dos meus irmãos pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.


L2: Um estranho calor invadiu o coração de Geraldo; ele inclinou o rosto sobre a mesa. Sentiu-e leve; parecia que uma luz o envolvia; e então com voz tremula e emoção balbuciou:
T.: Obrigado, Senhor, muito obrigado pela vossa vinda.

L3: Eis a história de Geraldo que pode também ser a de cada um de nós aqui presente. A mensagem é que Cristo se encarna e quer identificar-se com o próximo nosso irmão, nossa irmã.

Dir.: Acendamos a quarta vela. Que a luminosidade dessas velas nos abra os olhos para enxergarmos no próximo a pessoa de Cristo. Recitemos o salmo 84:

Ref.: Alegrai-vos sempre no Senhor, alegrai-vos no Senhor! (2x) Alegrai-vos, alegrai-vos, alegrai-vos no Senhor (2x).
1. Quero ouvir o que diz o Senhor: é de paz que Ele via nos falar. A Paz para o seu povo e para os amigos aos que trazem ao Senhor seu coração.
2. O Senhor nos dará tudo que é bom: a nossa terra dará o seu fruto. A justiça virá na sua frente a salvação seguirá os seus passos.
3. Demos glória ao Pai Onipotente, ao seu Filho Jesus nosso Senhor e ao Espírito que habita em nosso peito pelos séculos dos séculos. Amém.


L1: É tão fácil dizer que amamos a Deus; mas nosso comportamento nem sempre dá testemunho.


L2: São João fala: “Se alguém disser que ama a Deus, mas odeia seu irmão a quem vê, é incapaz de amar a Deus, que não vê”.
T.: Senhor, dai-nos a consciência de que formamos uma só grande família de amor e de paz. Senhor, nós desejamos que o vosso reino progrida.

L3: Sim, o reino está em pleno desenvolvimento e atingirá a sua plenitude somente, quando Cristo voltar pela segunda vez para julgar a todos.
T.: E o critério do julgamento será o amor, a pergunta “Quanto você amou?” Pois então Cristo, sentado no seu trono, dirá aos justos:

Dir.: “Vinde, benditos de meu pai, tomai posse do reino, porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me deste de beber; era peregrino e me acolhestes; nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim. Então os justos perguntar-lhe-ão: (Mt 25,34ss).
T.: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com sede, e te demos de beber? Quando foi que te vimos peregrino, e te acolhemos? Nu, e te vestimos? Quando foi que te vimos enfermo ou na prisão e te fomos visitar?

L1: Responderá o Rei:

Dir.: Todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos foi a mim que o fizestes.
T.: Senhor, vinde. Venha a nós o vosso reino. Amolecei os nossos corações endurecidos. Abri os nossos olhos endurecidos. Abri os nossos olhos para com nossos irmãos necessitados. Aumentai em nós o respeito para com a pessoa humana, a fim de que enxerguemos nela um reflexo e imagem da vossa pessoa. Vinde, Senhor, vinde.

Canto final: Noite feliz...

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

CURIOSIDADES NATALINAS

Papai Noel
O bispo Nicolau da Turquia, no século IV, costumava ajudar quem estivesse em dificuldades, colocando moedas de ouro na chaminé das casas. Mais tarde, depois de muitos milagres a ele atribuídos, foi declarado santo. A Alemanha foi transformada em símbolo natalino. A figura de Papai Noel que hoje conhecemos foi obra do cartunista Thomas Nastern 1881.

Arvore de Natal
O primeiro pinheiro enfeitado com velas teve origem na Alemanha, no século XVI. O feito é atribuído a Martinho Lutero, que queria mostrar às crianças como
deveria ser o céu na noite do nascimento de Cristo.

Presépio e Missa do Galo
O primeiro presépio, criado por São Francisco de Assis em 1224, em Gréccio, na Itália, foi construído para lembrar o ambiente em que Jesus vivia. O presépio era exibido à meia-noite, hora do nascimento de Jesus. O fato era seguido de uma missa. Como os galos cantavam na madrugada, a missa passou a se chamar “Missa do Galo”.

Cartão
O primeiro cartão de natal surgiu na Inglaterra, em 1845. Henry Cole, diretor de um museu, encomendou o trabalho de John Horsley, que desenhou unia a família ao redor de uma mesa farta, e, ao lado, um rico dando comida a crianças pobres. No cartão, havia mensagens em inglês de “Feliz Natal e Próspero Ano Novo”. Foram feitas mil cópias.

Presentes
No século XIV, no dia 5 de dezembro, as crianças comemoravam o dia de São Nicolau, colocando sapatos na janela, para receberem presentes. Era também uma festa romana que honrava o Rei Saturno.

Coroa do Advento
Surgiu na Alemanha. Quatro domingos antes do Natal, as famílias faziam a coroa formada por quatro velas. Cada uma era acesa em 4 domingos sucessivos.

Ceia
Antigamente, na Europa, era comum as pessoas deixarem aberta a porta de suas casas na noite de Natal, para que os pobres e viajantes pudessem participar da ceia. No Brasil, o prato mais tradicional é o peru assado.

Panetone
Foi criado em Milão, na Itália, mais provavelmente por um padeiro chamado Tone, no ano 900. O bolo ficaria conhecido por Pane-di-Tone. No Brasil, a tradição surgiu trazida por imigrantes italianos, logo após a II Guerra Mundial.

Terra do Papai Noel
Rena é o animal símbolo da Finlândia. Elas puxam o trenó do Papai Noel. A vila do Papai Noel foi inaugurada em 1986 em Rovaniemi, na Lapônia, a dois mil quilômetros do Pólo Norte e doze mil quilômetros do Brasil.

TERCEIRA SEMANA DO ADVENTO - CELEBRAÇÃO

Invocação a Trindade Santa

Canto de abertura: Estes lábios meus vinde abrir, Senhor! Cante a minha boca sempre o seu louvor. Glória seja ao Pai, ao Filho e ao Amor também, que é um só Deus em Pessoas três, agora e sempre e sem fim. Amém.

Dir.: Pela terceira vez estamos reunidos em torno do presépio vazio. Em frente do presépio vemos 4 velas, duas das quais já acesas. A primeira vela acesa há duas semanas nos lembra o Profeta Isaías, como nele a humanidade projetou o brado de esperança “Vinde, Senhor, abra-se a terra e germine o Salvador”. A segunda vela, acesa na semana passada, nos lembra o arauto, João Batista, que nos mandou preparar o caminho para o Salvador. Hoje vamos contemplar uma terceira pessoa, pela qual se concretiza finalmente a esperança de Isaías. Trata-se de Maria. É ela também que mais do que ninguém atendeu ao apelo de João Batista: “Preparai os caminhos do Senhor”.

L1: Com ela começa uma nova era. Ela é a porta que liga dois grandes períodos: a Antiga Aliança e a Nova Aliança, a morte e a vida.

L2: Adão e Eva pela sua desobediência nos trouxeram a morte, mas se prenderam aquele fio de luz, aquela promessa divina.

Dir.: “Porei inimizade entre ti e a mulher. Entre a tua descendência e a descendência dela. E ela esmagará a tua cabeça e tu em vão tentaras mordê-la no calcanhar”. (Gen 3,15)

L3: Chegou o tempo de dar boas vindas a essa senhora. Pois é ela a nova Eva que nos trouxe a luz divina, o novo e verdadeiro Adão, Senhor da Vida e da morte. É ela que esmagou o poder de Satanás.
T.: Salve Maria, salve Mãe do Redentor, salve nossa Mãe.

L1: Isaías se referiu a ela, quando profetizou:

Dir.: “Eis que uma Virgem conceberá e dará à luz um filho e será chamado Emanuel”. (Is 7,14)

L2: No entanto, Maria, da linhagem do rei Davi, era aparentemente uma moça comum, uma nazarena que buscava a Deus.

L1: É verdade que ela, como todas as jovens, sonhava com o nascimento do Messias. Pois o Salvador estava para chegar.

L2: Ela conhecia a Escritura e meditava sobre textos referentes ao Salvador prometido, mas não pensava que seria a mãe eleita.

L1: Ouçamos, porém, o que o Evangelista São Lucas nos narra:

L2: O anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi; e o nome da Virgem era Maria. Entrando, o anjo lhe disse:
T.: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo, bendita és tu entre as mulheres”.

L1: Maria, não compreendendo o sentido dessas palavras, ficou um tanto perturbada, mas o anjo continuou:
T.: “Não temas, Maria, pois encontrastes graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-se-á filho do Altíssimo, e o seu reino não terá fim”.

L2: Mas, perguntou Maria, como há de realizar-se tamanho mistério em mim?

L3: Respondeu-lhe o anjo:
T.: “O Espírito Santo descerá sobre ti e a força do Altíssimo cobrir-te-á com a sua sombra. Por isso o Santo Filho que nascer de ti será chamado Filho de Deus”.

L1: E então, inclinando a cabeça, Maria numa disposição total proferiu sua palavra máxima, a sua palavra de fé, de entrega, de humildade e de aceitação.
T.: Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra.

L2: Certamente ela não compreendeu o alcance dessas palavras, pois só depois da ressurreição ficou bem evidente que era o seu Filho Jesus.

L3: Por isso causaram essas palavras, ao lado de imensas alegrias, profundas chagas e dores.

L1: Maria, porém, deu a sua palavra e a cumpriu, com verdadeiro heroísmo até o fim.
T.: Obrigado, Maria, pelo seu exemplo de esperança, de humildade, de penitencia, de fé, de amor e de perseverança.

L2: Depois que o anjo se afastou, Maria foi às pressas à casa de sua parente Isabel, que esperava um filho. Logo que Maria saudou Isabel, essa ficou cheia do Espírito Santo e exclamou:
T.: “Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Salvador? Bem-aventurada és tu que creste. Pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas”.

L3: Veja como o Salvador foi concebido em Maria, antes de tudo pela fé: “pois tu creste”.

L1: Maria parecia transformada quase que visivelmente pelo tesouro divino que trazia consigo.

Dir.: Cristo está bem perto. Acendamos a terceira vela, cantando o “Magnificat”, aquele canto composto de versículos de salmos que brotavam espontaneamente dos lábios da Virgem pela alegria messiânica.
T.: O Senhor fez em mim maravilhas/ Santo é seu nome.
1. A minh’alma engrandece o Senhor/ E exulta o meu espírito em Deus, meu Salvador.
2. Porque olhou para a humildade de sua serva/ Doravante as gerações hão de chamar-me de bendita.
3. O Poderoso fez em mim maravilhas/ E santo é o seu nome!
4. Seu amor para sempre se estende/ Sobre aqueles que o temem;
5. Manifesta o poder de seu braço/ Dispersa os soberbos;
6. Derruba os poderosos de seus tronos/ E eleva os humildes;
7. Sacia de bens os famintos,/ Despede os ricos sem nada
8. Acolhe Israel, seu servidor fiel ao seu amor. Como havia prometido a nossos pais. Em favor de Abraão e de seus filhos para sempre.
9. Glória ao Pai, e ao Filho e ao Espírito Santo! Como era no princípio, agora e sempre. Amém!

L2: Quem melhor do que Maria nos poderia ensinar como se espera o Senhor, como preparar-lhe um berço em nosso coração, como hospedá-lo? Ninguém teve um advento tão sagrado como ela. Portanto:
T.: Maria, aumentai em nós a fé em vosso Filho. Ensinai-nos aquela lição de humildade; “Eis aqui a escrava do Senhor”. Ajudai-nos a fazer da frase “Seja feita a vossa vontade” a mola mestra da nossa vida. Que o Reino do vossa Filho venha, se desenvolva através do esforço de cada um de nós, até nos encontrarmos plenamente, no fim dos tempos. Vinde, Senhor, vinde.

Dir.: Para encerrar este nosso encontro: vamos neste momento nos consagrar a nossa Mãe, a Virgem de Nazaré, a fim de que ela nos acompanhe nestes tempos finais da chegada de nosso Salvador e Senhor, Jesus Cristo, cantando:

CANTO: Ó minha Senhora e também minha mãe,/ Eu me ofereço inteiramente todo a vós./ E, em prova de minha devoção,/ eu hoje vos dou meu coração./ Consagro a vós meus olhos,/ meus ouvidos, minha boca./ Tudo o que sou, desejo que a vós pertença./ Incomparável Mãe,/ guardai-me, defendei-me,/ como filho(a) e propriedade vossa. Amém. (bis)