quinta-feira, 21 de agosto de 2014

A ESPIRITUALIDADE CRISTÃ NA FAMÍLIA: UM CASAMENTO QUE DÁ CERTO

ADORAÇÃO EUCARÍSTICA COM E PELAS FAMÍLIAS

1 - Oração inicial e acolhida
Anim.: Todos somos chamados para o amor. A família é a Igreja doméstica, comunidade dos chamados para o amor. Queremos nesta hora de adoração pedir ao Senhor da messe que abençoe todas as nossas famílias. Iniciemos cantando:
T: Nas horas de Deus, amém! Pai, Filho e Espírito Santo! (2x) Luz de Deus em todo canto, nas horas de Deus, amém! (2x)

Anim.: Este é um momento de reflexão, de intimidade e de confidencia com Deus, que está presente em nosso meio. E também de estarmos com Jesus Cristo, vivo e ressuscitado na Eucaristia, permitindo que Ele penetre fundo em nosso coração e em nossa vida. Vamos nos ajoelhar e acolher Jesus no SANTISSIMO SACRAMENTO. (canto de adoração)
Canto: Senhor eu sei que é Teu este lugar/ Todos querem Te adorar, toma a tua direção./ Sim, ó vem, ó Santo Espírito os espaços preencher/ Reverência a tua voz vamos fazer!
Podes reinar, Senhor Jesus, ó sim/ O Teu poder, Teu povo sentirá!/ Que bom Senhor, saber que estas presente aqui!/ Reina Senhor, neste lugar!
Visita a cada irmão, ó meu Senhor,/ Dá-lhe paz interior e razões pra te louvar!/ Desfaz toda tristeza, incertezas, desamor,/ Glorifica o Teu nome, ó meu Senhor!
Anim.: Graças e Louvores sejam dados a todo momento...
(Silêncio – Diante de Jesus cada um(a) apresente a sua família)
2 – MOTIVAÇÃO
Anim.: Neste nosso encontro de Adoração, lembramo-nos da grande vocação familiar. Recordamo-nos da importante missão do leigo no mundo. "Sede fecundos, crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra" (Gn 1,28). Ser pai, ser mãe, constituir família, assumir o sacramento do matrimônio como Dom. Está aí a essência da vocação laical.
T: "A família é a imagem de Deus que em seu mistério mais íntimo não é solidão, e sim família" (João Paulo II).

Leitor 1: A vocação laical tem sua origem nos sacramentos do batismo e da crisma. É a vocação que ocupa um lugar central na Igreja, define a missão da Igreja para o mundo. O leigo vive no meio do mundo como solteiro, casado ou consagrado. É chamado por Jesus para ser fermento na massa, sal e luz do
mundo.

Leitor 2: O matrimônio é uma maneira de viver a vocação laical. É o chamado para formar família: ser pai, ser mãe, gerar vida. A família é chamada a constituir a Igreja doméstica. É a expressão visível do amor de Cristo pela sua Igreja, sacramento de Cristo. É na família que é possível expressar as mais variadas formas de amor:
T: Abençoa, Senhor, as famílias. Amém! Abençoa, Senhor, a minha também! (bis)
Anim.: o amor entre os esposos - é na entrega mútua e no relacionamento amoroso que a esposa e esposo desenvolvem plenamente seus dons.
Leitor 1: o amor dos pais para os filhos: agradecidos a Deus pela continuidade do seu amor que se encarna nos filhos, os pais retribuem esse presente amando, protegendo e educando seus filhos para que se integrem na comunidade e na sociedade;
Leitor 2: amor dos filhos para com os pais: é a gratidão dos filhos pela graça de terem recebido a vida. Os filhos amam seus pais e os amparam em suas necessidades;
Leitor 3: amor entre os irmãos: é o amor entre aqueles que foram gerados pelos mesmos pais. É a fraternidade que começa em casa: amizade, companheirismo, solidariedade, partilha.
Todos: Abençoa, Senhor, as famílias. Amém! Abençoa, Senhor, a minha também! (bis)

3 – TERÇO MEDITADO PELAS VOCAÇÕES
A.: Divino Jesus, nós vos oferecemos este terço que vamos rezar, contemplando os mistérios de nossa redenção. Concedei-nos, pela intercessão de Maria, vossa Mãe Santíssima, a quem nos dirigimos às virtudes que nos são necessárias para rezá-lo bem e as graças que nos vêm dessa santa devoção. Creio em Deus Pai todo poderoso...
Pai Nosso e Três Ave-Maria                                                                                  
Canto: Pelos prados e campinas verdejantes eu vou. É o Senhor que me leva a descansar! Junto às fontes de águas puras, repousantes eu vou! Minhas forças o Senhor vai animar.
Tu és, Senhor, o meu pastor, por isso nada em minha vida, faltará! (bis)
Nos caminhos mais seguros, junto d’Ele eu vou! E pra sempre, o Seu nome eu honrarei! Se eu encontro mil abismos no caminho eu vou, segurança sempre tenho em suas mãos!
1º MISTÉRIO: O “SIM” DE MARIA
A.: Maria é chamada por Deus, através do anjo Gabriel, a ser mãe de seu Filho.
L1 (Leitor 1): “O anjo entrou onde ela estava, e disse: ‘Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo!’ Maria disse: ‘Eu sou a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra’. E o anjo a deixou” (Lc 1,28.38).
L2: Em Nazaré está Maria: uma donzela, virgem desposada. Que terá pensado? Que segredos refletem em sua vida? Que valores nos apresenta? Nada sabemos. Em torno dela existe um silêncio.
T.: Mas é um silêncio que Deus preenche, por isso o anjo diz: “Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo!”.
L3: Vocações Religiosas. Maria é a consagrada do Senhor por excelência. É um modelo de vida totalmente entregue a Deus na sua simplicidade humana. Aprendemos com seu “sim” a sermos, cada dia mais, dons para os outros.
T.: Bendita sois vós entre todas as mulheres, porque embora simples mulher, aceitastes ser verdadeiramente a Mãe de Deus. Bendito também é todo aquele que entrega sua vida em favor de muitos!
Rezar um Pai-Nosso e 10 Ave-Marias. Convém variar a forma de recitação nos cinco mistérios, usando, por exemplo, dois coros ou diferentes solistas. (Canto a escolha)
2º MISTÉRIO: VISITA FAMILIAR
A.: Maria, a vocacionada do Pai, visita sua prima Isabel.
L1: “Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, às pressas, a uma cidade da Judéia. Entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. E Isabel disse: ‘Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre1’” (Lc 1,39-40.42).
L2: A cena da visita de Maria a Isabel serve para unir, desde o princípio, os caminhos de João Batista, filho de Isabel, e de Jesus, filho de Maria.
T.: João Batista não é a luz, mas veio para nos mostrar a luz que é o Cristo Jesus. João também é um vocacionado de Deus.
L2: O parentesco de João e Jesus é o reflexo dos seus caminhos: são aliados na obra de Deus; encontram-se já no começo de suas vidas.
L3: Matrimônio. Ser pai e ser mãe é também um chamado do Senhor.
T.: Na doação, no diálogo, no perdão, a família torna-se sinal de Deus no mundo. É o amor construindo lares de paz e acolhida. É a benção do Senhor acontecendo no ventre da família.
Rezar um Pai-Nosso e 10 Ave-Marias.                                             (Canto a escolha)

3º MISTÉRIO: VOCAÇÃO A VIDA
A.: Nasce Jesus, Luz que ilumina os povos.
L1: “Enquanto estavam em Belém, se completaram os dias para o parto, e Maria deu à luz o seu filho primogênito. Ela o enfaixou e o colocou na manjedoura, pois não havia lugar para eles dentro da casa” (Lc 2,6-7).
L2: Desperta, ó homem! Por tua causa Deus se fez homem. A verdade brotou da Terra porque o verbo se fez carne e habita no meio de nós.
T.: Nasceu da virgem o filho que Gabriel anunciou, em quem no seio materno João, o Batista, exultou.
L3: Eis nossa primeira vocação: somos chamados a vida. Fomos, com carinho, modelados pelo Senhor, criados à sua imagem e semelhança. E, por isso, todo batizado é chamado a ser sinal da presença de Deus no mundo.
T.: É o Senhor que chama e convida a doar a própria vida, a levarmos a Boa Nova do Reino a todos.
Rezar um Pai-Nosso e 10 Ave-Marias.                                                         (Canto a escolha)

4º MISTÉRIO: LUZ PARA TODOS
A.: O Menino Jesus é apresentado no templo pelos braços do Velho Simeão.
L1: “Quando os pais levaram o menino Jesus para cumprirem as prescrições da Lei a respeito dele, Simeão tomou o menino nos braços, e louvou a Deus” (Lc 2,27-28).
L2: Para cumprirem as escrituras, levam Jesus ao Templo e oferecem-no ao Pai. E Deus, para responder, fala através de Simeão:
T.: “Agora, Senhor, podeis deixar o vosso servo ir em paz conforme prometestes. Pois meus olhos viram vossa salvação que preparastes diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória do vosso povo, Israel” (Lc 2, 29-32).
L2: Quando Deus chama alguém para falar de Jesus, testemunhá-lo e segui-lo, põe nele a luz, a chama, o brilho e o escolhe para ser profeta, sacerdote e pastor no meio do povo.
L3: Sacerdócio. Um simples homem que faz de sua vida uma inteira doação à causa do Reino. E junto com o sacerdote lembremo-nos dos demais ministérios ordenados (diáconos e bispos).
T.: O sacerdote oferece sua vida ao Pai, tendo presente a oferta de Jesus no templo: oferta viva que se transforma em comunhão para todos.
Rezar um Pai-Nosso e 10 Ave-Marias.                                                         (Canto a escolha)

5º MISTÉRIO: CATEQUIZAR
A.: O Menino, agora com 12 anos, é encontrado no Templo, ouvindo e ensinando os doutores da Lei.
L1: “Sua mãe lhe disse: ‘Meu filho, por que você fez isso conosco? Olhe que seu pai e eu estávamos angustiados, à sua procura’. Jesus respondeu: ‘Por que me procuravam? Não sabiam que eu devo ocupar-me das coisas do meu Pai?” (Lc 2,48-49).
L2: A sabedoria de Jesus não é produto de um contato com os sábios da escola. A sua mensagem não é efeito de um pensar do mundo.
L1: Sendo menino, Jesus debate com os sábios no Templo e ensina: “A minha ciência não provém deste mundo”. Certamente é o saber do Pai que o inspira. Por isso, diz para Maria e José que o procuravam:
T.: “Não sabiam que eu devo ocupar-me das coisas do meu Pai?”
L3: A vocação do catequista – a eles e elas que, numa disponibilidade tamanha, doam parte de seu tempo em aprender e ensinar os caminhos de Deus aos outros, queremos rezar este mistério.
L2: Temos muito o que ouvir, aprender e também ensinar sobre Deus. Jesus nos ensina a ocupar-nos dos ensinamentos do Pai, a contagiarmos a cada um com Sua Palavra de vida.
T.: A messe é grande, mas são poucos os operários. Enviai, Senhor, discípulos e discípulas a essa realidade carente de escuta de sua Palavra, de seus ensinamentos.
Rezar um Pai-Nosso e 10 Ave-Marias.                                                         (Canto a escolha)

AGRADECIMENTO
A.: Graças vos damos, soberana Rainha, pelos benefícios que todos os dias recebemos de vossa mão. Dignai-vos, a agora e para sempre, tomar-nos debaixo de vosso poderoso amparo e para mais vos louvor, saudamos com uma salve-rainha. Salve Rainha, Mãe de misericórdia... (Canto a escolha)
A.: Com o Papa Francisco rezemos pela família (marca texto)


4 – BÊNÇÃO DO SANTÍSSIMO OU DESPEDIDA

sexta-feira, 13 de junho de 2014

FESTA DA SANTÍSSIMA TRINDADE

ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO

Ó Trindade, vos louvamos, vos louvamos pela vossa comunhão./ Que esta hora favoreça, favoreça nossa humilde adoração. (bis)

Saudação: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

A. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam conosco.
T. Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.

A. Aquilo que conhecemos de Deus foi Ele mesmo que, por amor, nos deu a conhecer, em seu Filho, no seu Espírito. Ao se auto comunicar, Deus nos convida a vivermos a experiência de sua vida, na santidade, na justiça, no diálogo, no amor, na comunhão plena de vida. Celebremos este amor acolhendo a Santíssimo Sacramento:
Canto: Só em Deus o repouso encontrei. Só em Deus achei abrigo/ Ele é rocha firme, amor, Ele é meu grande amigo./ Ele é Jesus, meu Salvador, Jesus, meu Rei e Senhor.
Só em Deus fortaleza encontrei pra vencer o inimigo/ Só em Deus a vitória alcancei. Ele sempre está comigo!

Graças e louvores... Glória ao Pai...
Silêncio
A.     Adoremos o Pai, o filho, e o Espírito Santo que em nosso meio se encontra na Eucaristia, fonte indizível da unidade cristã.

A. Celebrar a Santíssima Trindade é uma oportunidade para a reflexão sobre a nossa vida de batizados. Fomos batizados “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, conforme a missão confiada por Jesus aos seus apóstolos: “Ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19). Rezemos para que as luzes da Trindade Santa nos ilumine:

L. DEUS PAI – ­(ascende-se 1ª vela) Não foi criado e nem gerado. É o “princípio e o fim, princípio sem princípio”; por si só, é Princípio de Vida, de quem tudo procede; possui absoluta comunhão com o Filho e com o Espírito Santo. Atribui-se ao Pai a Criação do mundo. 

L. DEUS FILHO –(ascende-se 2ª vela) Procede eternamente do Pai, por quem foi gerado, não criado. Gerado pelo Pai porque assumiu no tempo Sua natureza humana, para nossa Salvação. É Ele Eterno e consubstancial ao Pai (da mesma natureza e substância). Atribui-se ao Filho a Redenção do Mundo.

L. DEUS ESPÍRITO SANTO –(ascende-se 3ª vela) Procede do Pai e do Filho; é como uma expiração, sopro de amor consubstancial entre o Pai e o Filho; pode-se dizer que Deus em sua vida íntima é amor, que se personaliza no Espírito Santo. Manifestou-se primeiramente no Batismo e na Transfiguração de Jesus; depois no dia de Pentecostes sobre os discípulos. Habita nos corações dos fiéis com o dom da caridade. Atribui-se ao Espírito Santo a Santificação do mundo.
T. O Pai é pura Paternidade, o filho é pura Filiação e o Espírito Santo, puro nexo de Amor.

A. São relações subsistentes, que em virtude de seu impulso vital, saem um ao encontro do outro em perfeita comunhão, onde a totalidade da Pessoa está aberta à outra distintamente. Este é o paradigma supremo da sinceridade e liberdade espiritual a que devem ter as relações interpessoais humanas, num perfeito modelo transcendente, só assim, compreensível ao entendimento humano. É desta forma que devemos conhecer a mensagem a Santíssima Trindade, mesmo sem alcançar os segredos do seu mistério. A Igreja nos convida a “glorificar a Santíssima Trindade”, como manifestação da celebração. Não há melhor forma de fazê-lo, senão revisando as relações com nossos irmãos, para melhorá-las e assim viver a unidade querida por Jesus: “Que todos sejam um”.
Canto: Glória, glória, ao pai, criador, ao filho, redentor, e ao espírito, glória! (bis)/ Ao Pai, Criador do mundo,/ Ao Filho, redentor dos homens,/ E ao Espírito de amor demos sempre glória!/ E ao Espírito de amor demos sempre glória!/ Glória, glória, ao Pai, Criador, ao Filho, Redentor, e ao Espírito, glória! (bis)
Silêncio
A. Explicar a grandiosidade do mistério da Santíssima Trindade é uma missão muito difícil. Santo Agostinho ensina que seria melhor entender a Santíssima Trindade como um mistério de amor. Como o amor de Deus por nós, devemos partir deste amor para que se manifeste o amor de três pessoas distintas em um único DEUS, o DEUS AMOR (1Jo 4,16).

Conta-se que Santo Agostinho andava em uma praia meditando sobre o mistério da Santíssima Trindade: um Deus em três pessoas distintas…

L1. Enquanto caminhava, observou um menino que portava uma pequena tigela com água. A criança ia até o mar, trazia a água e derramava dentro de um pequeno buraco que havia feito.
L1. Após ver repetidas vezes o menino fazer a mesma coisa, resolveu interrogá-lo sobre o que pretendia. O menino, olhando-o, respondeu com simplicidade: 
L2 –“estou querendo colocar a água do mar neste buraco”.
L1. Santo Agostinho sorriu e respondeu-lhe: 
L3 –“mas você não percebe que é impossível?”.
L1. Então, novamente olhando para Santo Agostinho, o menino respondeu-lhe: 
L2. “ora, é mais fácil a água do mar caber nesse pequeno buraco do que o mistério da Santíssima Trindade ser entendido por um homem!”. 
L1. E continuou: 
L2. “Quem fita o sol, deslumbra-se e quem persistisse em fitá-lo, cegaria”.
L3. Santo Agostinho concluiu que a mente humana é extremante limitada para poder assimilar a dimensão de Deus e, por mais que se esforce, jamais poderá entender esta grandeza por suas próprias forças ou por seu raciocínio. Só o compreenderemos plenamente, na eternidade, quando nos encontrarmos no céu com o Pai, o Filho e o Espírito Santo. 
Meditação
Santíssima Trindade: A melhor comunidade
L. O ser humano não foi criado para viver só, mas em comunidade. Na própria criação Deus criou o homem a sua imagem e semelhança (Gn 1,26), a semelhança de um Deus que é uma perfeita comunidade de amor. Podemos notar que desde os inícios está a comunidade intrínseca ao homem.
L. Precisamos volver o nosso olhar para as nossas origens, e ainda mais ousadamente para o mistério da Santíssima Trindade, onde o Pai é Amor, o filho é amor, o Espírito é Amor (Bento XVI). E se somos criados a imagem e semelhança de Deus que é puro amor, nós homens e mulheres precisamos dar forma a nossa deformidade dos tempos de hoje.
L. Santo agostinho nos fala que o Pai se doa todo para o Filho e o mesmo se abre por inteiro para recebê-lo. Ao mesmo tempo o Filho se doa todo para o Pai e este se abre por inteiro para recebê-lo. A comunhão deste amor é derramada em nossos corações na Pessoa do Espírito Santo (Rm 5,5). É desse amor que necessitamos ser abastecidos para que tenhamos a possibilidade de levá-lo para os irmãos.
L. Segundo Bento XVI a prova mais forte de que fomos feitos a imagem da Santíssima Trindade é esta: só o amor nos faz felizes, pois vivemos em relação e vivemos para amar e sermos amados. Deste modo, o Papa conclui: O ser humano tem no próprio "genoma" um profundo selo da Trindade, do Deus Amor. (Wanderson José Moreira)
L. A Santíssima Trindade não deve constituir apenas um conjunto doutrinário, mas deve ser uma prática de vida baseada no amor do Pai, nos ensinamentos do Filho e na ação do Espírito Santo.
L. O Antigo Testamento é uma preparação para a revelação da Trindade onde encontramos três personificações que apontam para uma fé futura: A Sabedoria, A Palavra de Deus, e a Força de Deus.
L. A humanidade sempre tentou expressar através da imaginação o seu entendimento sobre a Trindade, vemos vários quadros e poesias com linguagem figurada, mas nós mesmos como imagem e semelhança de um Deus Trino somos o melhor reflexo da Trindade, pelo fato de sermos um mistério para nós mesmos, refletimos o Pai, quando nos comunicamos refletimos o Filho, e quando amamos refletimos o Espírito Santo, e também refletimos a Trindade através de nossos relacionamentos, a família é um reflexo da trindade, pai, mãe e criança, a sociedade também reflete a Trindade, pois é alicerçada em três forças: a econômica, a política e a cultural. (Leonardo Boff)
Silêncio
Liturgia da Palavra/ Partilha/ Preces/ Pai Nosso

(opcional): Comunhão/ Oração pós-comunhão

Bênção do Santíssimo

Despedida: Trindade Peregrina chegue com vossa bênção em minha vida!
Pai Amado, em nome do Filho Ressuscitado enviai sobre minha vocação trinitária o Espírito de verdade e coragem de ternura e ousadia de discernimentos e decisões.
Dai-me a bênção de olhar com o vosso olhar, escutar com a vossa compaixão os clamores dos pobres que clamam justiça, os destinatários de minha unção com o perfume do primeiro dia da semana!
Amém Pai que me enviou!
Amém Filho todo compaixão!
Amém Divina Ruah, geradora do hoje da salvação!
Amém!

Canto: A ti meu Deus/ Elevo meu coração/ Elevo as minhas mãos / Meu olhar, minha voz./ A ti meu Deus eu quero oferecer/ Meus passos e meu viver/ Meus caminhos, meu sofrer
A tua ternura Senhor vem me abraçar/ E a tua bondade infinita me perdoar/ Vou ser o teu seguidor e te dar o meu coração/ Eu quero sentir o calor de tuas mãos
A ti meu Deus/ Que és bom e que tens amor/ Ao pobre, ao sofredor/ Vos servir, esperar/ Em ti Senhor/ Humildes se alegrarão/ Cantando a nossa canção/ De esperança e de paz
A tua ternura...

quinta-feira, 5 de junho de 2014

ENVIA TEU ESPÍRITO SENHOR... PREPARAÇÃO PARA PENTECOSTES

ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO


Anim.: No Brasil, como em vários países do mundo, esta semana antes de Pentecostes é consagrada à oração pela unidade dos cristãos. A divisão dos cristãos em tantas Igrejas é, nos lembra o Concílio Vaticano II, contrária à vontade de Jesus. É também um contratestemunho para o mundo já dividido, e é um obstáculo à missão. Oremos ao Pai para que os discípulos de Jesus sejam um, a fim de que o mundo creia.
T: “Acaso Cristo está dividido?” (1Cor 1,1-17).

I – Abertura
Estes lábios meus, vem abrir, Senhor, (bis) Cante esta minha boca, sempre o teu louvor!(bis)
O Senhor Jesus aos céus se elevou, (bis) De quem nos oprimia o poder quebrou! (bis)
Aleluia, Cristo é o Senhor da glória. (bis) Com hinos celebramos uma tal vitória! (bis)
Ao Senhor louvemos, pois ele é bondoso. (bis) Cantemos tua força, ó Deus poderoso! (bis)
Sempre, ó Deus, ao povo deste o teu perdão(bis). Assim, tu nos visitas com tua salvação. (bis)
Dos recantos todos, vem juntar teu povo; (bis) Teus filhos, tuas filhas, congregar de novo! (bis)
Glória ao Pai e ao Filho e ao Santo Espírito. (bis) Glória a Trindade Santa, glória ao Deus bendito! (bis) Aleluia, irmãs, aleluia, irmãos. (bis) Cristo é nossa Páscoa, a Deus louvação! (bis)

II – Exposição do Santíssimo: É Teu esse momento de adoração/ Não tenho nem palavras pra me expressar / No brilho dessa luz que vem do teu olhar / Encontro meu abrigo, meu lugar/ E quando estamos juntos entre nós está/ Passando em nosso meio a nos abençoar/ E tocas com ternura com a tua mão/ A cada um que abre o coração/ Minhas mãos se elevam, minha voz te louva/ O meu ser se alegra, quando estou em tua presença, Senhor.
(silêncio – oração pessoal)

Anim.: Vinde, Espírito Santo e enviai-nos do alto do céu, um raio da vossa luz! T: Vinde, Pai dos pobres, vinde, fonte de todos os dons, vinde, luz dos corações!
L: Consolador magnífico! Doce hóspede da alma! Doce reconforto! T: Sois repouso para o nosso trabalho, calmante para as nossas paixões, lenitivo para as nossas lágrimas!
L: Ó luz da felicidade, inundai plenamente os corações dos vossos fiéis! T: Sem o vosso auxílio, nada pode o homem, nada produz de bom!
L: Lavai as nossas manchas! Banhai a nossa aridez! Sarai as nossas feridas! T: Dobrai a nossa dureza! Aquecei a nossa fraqueza! Retificai os nossos erros!
L: Dai aos vossos fiéis, que em vós confiam, os sete dons sagrados! T: Dai-nos o mérito da virtude! Dai-nos o troféu da salvação! Dai-nos a alegria eterna! Amém! Aleluia!

III – O Espírito Santo no seio da Santíssima Trindade
Anim.: Deus é um só, mas tem três modos de ser, de existir. Da única essência, da única natureza divina, participam três pessoas divinas. Essas pessoas são absolutamente iguais quanto à natureza, à essência, quanto à onipotência e à santidade, mas são distintas, pois que uma não é a outra e inclusive se manifestam conjuntamente a nós (no batismo de Jesus, por exemplo). “Aquele que é o Pai não é o Filho, e aquele que é o Filho não é o Pai, nem o Espírito Santo é aquele que é o Pai ou o Filho” (XI Concílio de Toledo, 675, DS 530). Além disso, podemos falar apropriadamente de diferentes missões divinas (processões): uma é a missão do Filho, e outra é a missão do Espírito Santo- ainda que, sempre quando age, Deus age trinitariamente.

L: A isso chamamos de Mistério da Santíssima Trindade. E mistério é sempre mistério; se o compreendêssemos em totalidade, não seria mistério. Mas às vezes dá-se-nos a impressão de que alguns mistérios são “mais misteriosos” que outros. Este da Santíssima Trindade, por exemplo. Realmente, não é nada fácil, dentro da lógica humana, aceitar, sem uma certa inquietude, a realidade de três pessoas num só Deus.

L: As três pessoas divinas, por si, já são um mistério. Das três, porém, a mais “misteriosa” é, por assim dizer, a pessoa do Espírito Santo. Porque Ele não tem um rosto (como o Cristo), não tem uma imagem (como a que fazemos do Pai), não tem um “sinônimo” a que possamos nos agarrar.

L: De fato, o Espírito veio até nós de modo misterioso, sutil, “interior”. E não há nenhum mal em termos mais dificuldades em entendê-Lo. O que não podemos permitir é que, diante desta maior dificuldade em compreendê-Lo, acabamos por rejeitá-Lo a um segundo plano em nossa espiritualidade, deixando-O “de lado” em nossas orações, em nossa devoção, em nosso relacionamento com a Trindade.

L: Só ousamos falar desse mistério - coisa que jamais descobriríamos por nós mesmos - porque Deus tomou a iniciativa em revelá-lo a nós, e, pacientemente, através dos séculos, foi gradativamente partilhando conosco a Sua própria vida íntima e misteriosa. E se Deus se revelou em três pessoas, é porque é da vontade d’Ele que nós O conheçamos e O amemos em suas três maneiras de ser. Pois quanto mais o conhecermos, mais O amaremos e compreenderemos Seu plano amoroso e suas intenções para nossas vidas...

Oração (todas): Olha, Senhor, tua família aqui reunida. Que o Espírito Santo nos ilumine e nos ensine a verdade completa da tua revelação. Dá-nos a unidade de todos os discípulos e discípulas de Jesus, como ele desejou. Pedimos isso em nome de Jesus, nosso Senhor. Amém!
(silêncio – oração pessoal)

Canto: Todo joelho se dobrará/ E toda língua proclamará/ Que Jesus Cristo é o Senhor/ Todo joelho se dobrará/ E toda língua proclamará/ Que Jesus Cristo é o Senhor
Nada poderá me abalar/ Nada poderá me derrotar/ Pois minha força e vitória/Tem um nome/ É Jesus (bis)
Quero viver tua palavra/ Quero ser cheio do teu espírito/ Mas só te peço, livra-me do mal/ Quero viver tua palavra/ Quero ser cheio do teu espírito/ Mas só te peço, livra-me do mal.

IV – Liturgia do dia – silêncio – partilha

V – Capacitados para Servir
Anim.: Pentecostes é uma graça constitutiva - “que faz parte” - do grande mistério pascal, pelo qual o Filho - o Verbo de Deus encarnado - obteve para nós a remissão de nossas faltas e a garantia de participação na vida eterna, na comunhão com a Trindade Santa, Deus tem um propósito especial e muito definido ao nos dar o seu Espírito Santo: tornar possível a continuidade da graça da salvação para todas as gerações que se sucedem à morte e ressurreição de Cristo (cf. DIM, 1; DeV, 22 e 67).

L: “Recebereis o poder do Espírito Santo e então sereis minhas testemunhas [...] até os confins do mundo”, nos esclarecia Jesus (cf. At 1,8). “Assim como o Pai me enviou, assim estou enviando vocês [...]: recebam (para isso) o Espírito Santo! E o que vocês perdoarem, estará perdoado (cf. Jo 20, 21-23). O Espírito, pois, nos é dado não apenas como “penhor da nossa herança” eterna (cf. Ef 1, 13-14; Gl 4, 6-7, Ti 3, 5-7), mas também para que posamos testemunhar a respeito da obra de Jesus (cf. Jo 15,26-27). “... é missão do Espírito Santo também o transformar discípulos em testemunhas de Cristo” conforme nos recorda João Paulo II, em sua Encíclica Catechese Tradendae, n. 72.

L: O Catecismo da Igreja católica (n.683) nos diz que “sem o Espírito não é possível ver o Filho de Deus, e sem o Filho, ninguém pode aproximar-se do Pai, pois o conhecimento do Pai é o Filho, e o conhecimento do Filho de Deus se faz pelo Espírito Santo.” E Paulo VI, em sua Encíclica Evangelli Nuntiandi, n.75, nos ensina que “nunca será possível haver evangelização sem a ação do Espírito Santo [...] Ele é aquele que, hoje ainda, como nos inícios da Igreja, age em cada um dos evangelizadores que se deixa possuir e conduzir por ele, e põe na sua boca as palavras que ele sozinho não poderia encontrar, ao mesmo tempo que predispõe a alma daqueles que escutam, a fim de a tornar aberta e acolhedora para a Boa Nova e para o reino anunciado”.

L: Desde os primórdios da evangelização, Paulo ressaltava: “O nosso Evangelho vos foi pregado não somente por palavra, mas também com poder, com o Espírito Santo e com plena convicção. Sabeis o que temos sido entre vós para a vossa salvação” (1Tes 1, 5). E mais: “Também eu, quando fui ter convosco, irmãos, não fui com o prestígio da eloquência nem da sabedoria anunciar-vos o testemunho de Deus. Julguei não dever saber coisa alguma entre vós, senão Jesus Cristo, e Jesus Cristo crucificado. Eu me apresentei em vosso meio num estado de fraqueza, de desassossego e de temor. A minha palavra e a minha pregação longe estavam da eloquência persuasiva da sabedoria; eram, antes, uma demonstração do Espírito e do poder divino, para que vossa fé não se baseasse na sabedoria dos homens, mas no poder de Deus” (1Cor 2,1-5).

L: O Concílio Vaticano II, em seu documento sobre o apostolado dos leigos (Decreto Apostolican Actuositatem, n. 3), advertia: “Impõe-se pois a todos o dever luminoso de colaborar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e acolhida por todos os homens em toda a parte. Para exercerem tal apostolado, o Espírito Santo - que opera a santificação do povo de Deus por meio do ministério e dos sacramentos - confere ainda dons peculiares aos fiéis (cf. 1Cor 12,7), “distribuindo-os a todos, um por um, conforme quer” (1 Cor 12, 11), de maneira que “cada qual, segundo a graça que recebeu, também a ponha a serviço de outrem” e sejam eles próprios “como bons dispensadores da graça multiforme de Deus” (1 Pd 4, 10), “para a edificação de todo o corpo na caridade” (cf. Ef 4,16).

L: A obra da Salvação é uma obra de Deus. E para realizar e cooperar com a obra de Deus, precisamos do poder de Deus, conforme nos foi prometido e dado (At 1,8). Assim como é louvável buscarmos o mais frequentemente possível a comunhão com o Senhor na Eucaristia, de igual modo é salutar pedirmos ao Senhor que nos sature constantemente com seu Espírito, capacitando-nos adequadamente para a missão. Abrir-se, pois, ao Espírito Santo e aos seus dons e carismas é a forma concreta de nos deixarmos interpelar por Sua Palavra e respondermos com fé e generosidade ao chamado que Deus, privilegiadamente, nos fez em Jesus Cristo, pelo Espírito!

ORAÇÃO PARA PEDIR OS DONS DO ESPÍRITO SANTO: Vinde Espírito Santo / E dai-nos o Dom da SabedoriaPara que possamos avaliar todas as coisas à luz do Evangelho/E ler nos acontecimentos da vida os projetos de amor do Pai/ Dai-nos o Entendimento/ Uma compreensão mais profunda da verdade/ A fim de anunciar a salvação com maior firmeza e convicção / Dai-nos o Dom do Conselho /Que ilumina a nossa vida  / E orientai a nossa ação segundo vossa Divina Providência / Dai-nos o Dom da Fortaleza /Sustentai-nos no meio de tantas dificuldades / Com vossa coragem para que possamos anunciar o Evangelho / Dai-nos  o Dom da Ciência / Para distinguir o Único Necessário/  Das coisas meramente importantes/ Dai-nos Piedade/Para reanimar sempre mais nossa íntima comunhão convosco/ E, finalmente, dai-nos vosso santo Temor/ Para que, conscientes de nossas fragilidades, /Reconhecermos a força da vossa graça./ Vinde Espírito Santo/ E dai-nos um novo coração. Amém.  (Inspirada na Carta de João Paulo II aos sacerdotes do mundo inteiro por ocasião da quinta-feira santa de 1998).
(silêncio – oração pessoal)

VI – RITO DE COMUNHÃO (opcional)

VII - BÊNÇÃO DO SANTÍSSIMO

DESPEDIDA
1.      Vem com teu saber iluminar o meu caminho,/ vem qual sol e luz, trazendo o dia com carinho;/ vem abrir espaço de amor pra nossa gente,/ que faz da paz a mais forte corrente.
Refrão: Que tua luz venha acender de amor e graça os corações,/ irradiando esperança às multidões;/ vem fecundar hoje a nossa procura/ e espalhar no sonho e a ternura.
2. Traz compreensão que nos ajuda a entender,/ para que Tua Palavra seja luz do viver;/ faz que o amor possa nossa vida alimentar,/ e a justiça venha em nós habitar!
3. Vem trazer ciência que contrói a humanidade./ Vem, contrói em nós o sonho de fraternidade;/ vem, liberta o povo de qualquer dominação,/ pra livre, assim proclamar libertação.
4. Sê no mar da vida a fortaleza da ternura,/ vem, ampara os fracos no aconhego e candura;/ Sê toda razão que move o homem pra ser bom,/ e faz de nós uma entrega, um Dom!

VII – Oração Final
T: Espírito Santo, que conduziste os profetas por desertos de areia ou pela amplidão dos mares.
L: Sopra sobre nossos olhos, a fim de que, por toda parte, saibamos ver a Trindade Santa.
L: Sopra sobre nossos lábios, a fim de que digamos e cantemos a Verdade de que liberta.
L: Abre nossos corações à beleza do mundo, ao alegre esplendor das formas sensíveis.

T: Para que todos os nossos encontros sejam sempre louvores a Deus e motivados pelo amor. E todas as criaturas constituam oportunidades que nos levem ao Criador. Amém