quinta-feira, 1 de junho de 2017

ACOMPANHAMENTO VOCACIONAL 2: VOCAÇÃO CRISTÃ

Grupo do VOCARE Santana de Parnaíba/SP.
TEMA: VOCAÇÃO CRISTÃ

No primeiro encontro vimos que a nossa primeira vocação é a vida, o primeiro chamado de Deus, assim o amor do Pai não só nos chama à vida, mas também nos chama à fé: essa segunda vocação é a cristã. É uma caminhada que inicia no Batismo e dura a vida toda. Cristo é que nos traz o convite do Pai para abraçar esse caminho, um caminho a ser feito em comunidade. Os apóstolos foram a primeira comunidade de Jesus, juntamente com outros seguidores, homens e mulheres. Você lembra o nome de alguns deles? Os que aceitam o convite de Jesus para entrar em seu grupo, formam comunidade e procuram viver como aprenderam do Mestre. Reúnem-se para a escuta da Palavra de Deus, para a comunhão eucarística, para o serviço fraterno, para o socorro dos pobres, doentes e desarmados. Nessa comunidade, animada pelo Espírito de Jesus, surgem diferentes serviços, também chamados ministérios: um é o serviço da Palavra, outro da Eucaristia, outro do socorro aos enfermos, outro da ajuda aos pobres, outro da instrução aos novos que ingressam na comunidade etc. Cada um com sua função; uns ajudando os outros, e todos juntos formando a comunidade. Jesus mesmo diz que veio para servir, e para nos reunir numa família de irmãos e irmãs que têm a Deus por Pai. Madre Marcelline (fundadora das IMSF) Deixou sua terra para abraçar as famílias brasileiras, mostrar a elas novamente o caminho de Cristo e para isso formou as comunidades religiosas para que também servissem a Deus, a Igreja e as famílias.

2. APROFUNDANDO O ASSUNTO
Ler o texto de: Lc 6,12-19 e Lc 8,1-3 
É o Espírito Santo que chama todos os homens e mulheres a Cristo, pelas sementes da Palavra e pela pregação do Evangelho. Também desperta nos corações o privilégio da fé. No seio da fonte batismal, gera para uma nova vida os que acreditam em Cristo, reunindo-os num só Povo de Deus: “raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de aquisição” (1 Pd 2,9). (Compêndio Vaticano II 899)
A vida cristã, nasce e cresce, sobretudo, mediante o encontro com a Palavra na escuta e leitura do Evangelho, pela participação na vida da Igreja, sobretudo na Eucaristia dominical, pela relação pessoal e íntima com Jesus, como na oração pessoal, no lar e na comunidade, e, por consequências, no fraterno serviço aos pobres e necessitados.

3. PARÁBOLAS DOS NOSSOS DIAS:  As sete verdades do bambu
Depois de grande tempestade, o menino que estava passando férias na casa do seu avô, o chamou para a varanda e falou: Vovô, corre aqui! me explica como esta figueira, árvore frondosa e imensa, que precisava de quatro homens para abraçar seu tronco se quebrou, caiu com o vento e com a chuva, e este bambu tão fraco continua de pé?
_ Filho, o bambu permanece em pé porque teve a humildade de se curvar na hora da tempestade. A figueira quis enfrentar o vento. Se você tiver a grandeza e a humildade dele, vai experimentar o triunfo da paz em seu coração.
1.      A primeira verdade que o bambu nos ensina e a mais importante: humildade diante dos problemas, das dificuldades. Eu não me curvo diante do problema e da dificuldade, mas diante daquele, o único, o princípio da paz, aquele que me chama, que é o Senhor.
2.      Segunda verdade: o bambu cria raízes profundas. É muito difícil arrancar um bambu, pois o que ele tem para cima tem para baixo também. Você precisa aprofundar a cada dia suas raízes em Deus e na oração.
3.      Terceira verdade: Você já viu um pé de bambu sozinho? Apenas quando é novo, mas, antes de crescer, ele permite que nasçam outros a seu lado (como no cooperativismo). Sabe que vai precisar deles. E estão sempre grudados uns nos outros, tanto que, de longe, parecem uma árvore. Às vezes tentamos arrancar um bambu lá de dentro, cortamos e não conseguimos. Os animais mais frágeis vivem em bandos, para que desse modo se livrem dos predadores.
4.      A quarta verdade que o bambu nos ensina é não criar galhos. Como tem a meta no alto e vive em moita, comunidade, o bambu não se permite criar galhos. Nós perdemos muito tempo na vida tentando proteger nossos galhos, coisas insignificantes que damos um valor inestimável. Para ganhar, é preciso perder tudo aquilo que nos impede de subirmos suavemente.
5.      A quinta verdade é que o bambu é cheio de nós` ( e não de eu`s). Como ele é oco, sabe que se crescesse sem nós seria muito fraco. Os nós são os problemas e as dificuldades que superamos. Os nós são as pessoas que nos ajudam, aqueles que estão próximos e acabam sendo força nos momentos difíceis. Não devemos pedir a DEUS que nos afaste dos problemas e dos sofrimentos. Eles são nossos melhores professores, se soubermos aprender com eles.
6.      A sexta verdade é que o bambu é oco, vazio de si mesmo. Enquanto não nos esvaziarmos de tudo aquilo que nos preencha, que roube nosso tempo, que tira nossa paz, não seremos felizes. Ser oco significa estar pronto para ser cheio/a de Deus.
7.      Por fim, a sétima lição que o bambu nos dá: ele só cresce para o alto. Ele busca as coisas do Alto. Essa é a sua meta.

4. PARA REFLETIR
  1. Que lições para minha vida cristã as sete verdades sobre o bambu me ensina?
  2. Como é minha participação nos sacramentos (sou batizada/o, fiz a Crisma, comungo semanalmente?) e na vida da comunidade?
  3. Quais pastorais ou movimentos participo? Como me sinto?
  4. Partilhar como foi sua iniciação na vida da igreja (batismo, catequese, crisma…) com seus padrinhos vocacionais.


5. TAREFAS
  1. Textos para rezar: Sl 62 (63); Lc 10, 25-37; Rm 12, 1-21
  2. Gesto concreto: Engajar-se em um movimento ou pastoral de sua comunidade.
  3. Sugestões de filme: “Jesus Cristo”, “O quarto sábio”, “Bernadete”, “Paulo de Tarso”.
  4. Documentos da Igreja:

a.       CIC – 1267, 1268, 1269 e 1270
b.      Aparecida – 348, 349 e 352


 CONCLUSÃO: Oração de São Francisco
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz./ Onde houver ódio, que eu leve o amor; Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;/ Onde houver discórdia, que eu leve a união; Onde houver dúvida, que eu leve a fé;/ Onde houver erro, que eu leve a verdade; Onde houver desespero, que eu leve a esperança;/ Onde houver tristeza, que eu leve a alegria; Onde houver trevas, que eu leve a luz/ Ó Mestre, Fazei que eu procure mais Consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado. Pois é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, e é morrendo que se vive para a vida eterna.
Pai Nosso e Ave Maria

6.