sexta-feira, 12 de novembro de 2010

TERAPIA DO ELOGIO

Renomados terapeutas, que trabalham com famílias, divulgaram recente pesquisa na qual se nota que os membros das famílias brasileiras estão cada vez mais frios: não existe mais carinho, não valorizam mais as qualidades, só se ouvem criticas.

As pessoas estão cada vez mais intolerantes e se desgastam, valorizando os defeitos dos outros. Certamente, por isso, os relacionamentos de hoje não duram. A ausência de elogio está cada vez mais presente na sociedade e, de modo especial, nas famílias.

Normalmente, não vemos mais homens elogiando suas mulheres ou vice-versa, não vemos chefes elogiando o trabalho de seus coordenadores, não vemos mais pais e filhos se elogiando, nem amigos e outros...

O que constatamos são pessoas fúteis valorizando pessoas que apenas querem vender a imagem para ganhar dinheiro, para aparecer. Pessoas que, em geral, estão fazendo uso da mídia para se autopromoverem; e, na verdade, o que elas realmente produzem é o cuidar do corpo, do rosto, da imagem vazia, sem se preocupar com o bem que poderiam estar desenvolvendo.

Essa ausência de elogio tem afetado as famílias. A falta de dialogo em nossos lares, o excesso de orgulho, a competição desenfreada e o egoísmo exacerbado impedem que as pessoas digam o que sentem; o que as faz levar essa carência para dentro dos consultórios de analises, psiquiatria e outros. Em geral, as pessoas com seus casamentos, procuram, em outras pessoas, o que não conseguem dentro de casa.

No que tange á educação, também assistimos a um aprender difícil e pouco valorizado. A construção do saber, de uma educação mais consistente, só passará pelo encantamento, pela valorização do que se constrói.

Precisamos valorizar mais nossas famílias, o comportamento dos filhos, os/as amigos/as, elogiar nossos profissionais, a boa atitude, os alunos com suas características próprias, a beleza e o desempenho de nossos parceiros e parceiras. Em resumo: vamos observar o que as pessoas gostam ou sonham.

Os bons profissionais gostam de ser reconhecidos assim como os bons filhos, o bom esposo e a boa esposa, a boa mãe ou o bom pai, todos querem e gostam do reconhecimento saudável. Na verdade, muito mais produziríamos se não nos faltassem o elogio ou a confiança altruísta e solidária. É bom lembrar que vivemos numa sociedade e que, apesar das grandes lutas por independência, precisamos uns dos outros: da mão amiga, do olhar carinhoso, do coração compassivo, do jeito entusiasta da crença.

É hora de recomeçar. Não tenhamos vergonha do recomeço. Cada um, no seu jeito próprio, precisa buscar, dentro de si, a melhor forma de ser e fazer feliz. Elogiar o acerto e ajudar aquele que ainda não acertou a reencontrar o caminho da volta, da busca. Lembremos sempre: cada pessoa tem o seu tempo; eu, porém, posso ajudá-la a ter coragem para acelerar. Lembre-se de que ninguém é perfeito, mais dia ou menos dia podemos ver que há sempre algo de bom a ser elogiado.

Quantas pessoas você pode fazer feliz hoje elogiando-as por algo que tenham feito?

Vilma Dias.