segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

COROA DO ADVENTO - 4ª VELA

 


CELEBRAÇÃO PARA A QUARTA SEMANA DO ADVENTO

 

Dir.: Iniciemos nossa celebração, rezando juntos:

T. (Todos): Trindade Amada, vós sois a fonte da vida. Em vosso coração de Pai carregais todos os vossos filhos e filhas. Filho Jesus, pela vossa Encarnação viestes experienciar nossa vida humana, finita, fazendo-vos tão próximo e um de nós. Espírito Santo, vós nos apontais o caminho de Jesus para vivermos a unidade na diferença com todas as pessoas.

A: Estamos reunidos em vosso nome, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
T.: Amém, assim seja.

Dir.: Pela quarta vez nos encontramos para juntos nos prepararmos para receber o Messias, Jesus Cristo. Em frente do presépio vemos quatro velas, três das quais já foram acesas. A primeira vela, acesa na primeira semana, nos lembra aquela luzinha da promessa divina que no Profeta Isaías encontrou um eco forte e esperançoso: “Vinde, Senhor, abra-se a terra e germine o Salvador”. A segunda vela acesa na segunda semana nos lembra como João Batista nos exortou e admoesta a prepararmos o caminho para a vinda do Senhor. A terceira vela acesa na terceira semana nos lembra a Virgem Maria que teve um Advento tão sagrado como jamais houve. E hoje vamos refletir sobre a possibilidade de nos encontrar com o nosso Salvador.

L1: Ouçamos a história de um homem que esperava pela vinda de Cristo. Essa história poderia ser a de qualquer um de nós: de Maria, de Mário, de Isabel, de Francisco, de Tiago, de Antônio. Entretanto, chamamos o personagem pelo nome de Geraldo.

 

L2: Geraldo era um homem que vivia sozinho, isolado de todo o mundo, ou melhor, ele se isolava de si mesmo fechando o seu coração. Talvez por causa disso vivia insatisfeito. Ele achava a vida escura, sem graça.

L3: Um belo dia, era por ocasião de Natal, Geraldo teve um sonho no qual ouviu o seguinte: “Geraldo, amanhã você receberá a visita do Menino Jesus”.

L1: Geraldo levantou-se bem cedo, arrumou a casa, matou um frango, preparou um almoço bem gostoso, vestiu a melhor roupa que tinha e começou a esperar.

L2: De repente ouviu passarinhos e uma leve batida na porta.

L3: Geraldo apressou-se em abri-la e... era um menino qualquer pedindo um copo de água.

L1: Geraldo ficou zangado, queria mandar o menino embora, dizendo que não tinha água, mas acabou servindo ao menino.

L2: Passou certo tempo e novamente alguém bateu à porta.

L3: Era uma senhora idosa que morava meia légua distante.

L1: “Senhor Geraldo, me desculpe, mas chegou visita em minha casa; acontece que acabou meu feijão e açúcar; será que o senhor poderia emprestar um pouco dos dois?”.

L2: Geraldo já meio impaciente, virou as costas e resmungando, porém sem jeito, deu o que a senhora tinha pedido.

L3: Depois que ela saiu começou a chover. Primeiramente devagar, depois mais forte, era um verdadeiro temporal. O tempo passava; a mesa estava posta, a comida prontinha, mas nada do Menino Jesus.

L1: Ele ouviu um barulho dum carro. Passaram-se cinco minutos. Alguém abriu o portão: “O de casa”.

L2: Geraldo abriu a porta. “Boa noite, disse o homem, o meu carro atolou; por favor, queira me ajudar um momento”.

L3: Sumamente incomodado, Geraldo seguiu o homem pela chuva, arregaçou as mangas e pôs-se a ajudá-lo.

L1: Depois de meia hora, conseguiram tirar o carro, mas lá se foi a roupa bonita de Geraldo, molhada pela chuva e suor, toda cheia de lama.

L2: Nesta altura Geraldo convidou o homem a entrar, a fim de lavar as mãos; e uma vez dentro, vendo o frango assado e cansado de esperar pelo tal Menino Jesus, sentou-se à mesa e repartiu a refeição com o homem.

L3: Já era tarde, quando o homem se foi. Gerado ficou só, desanimado e decepcionado com o sonho. No entanto, ele precisava desabafar-se, soltar as mágoas e por isso ajoelhado, cobrindo o seu rosto com as grandes mãos, começou a pensar e a refletir sobre o sonho.

Dir.: E então, no silêncio da noite, Geraldo fez a maior descoberta de sua vida. Era como se ele ouvisse uma voz que dizia:

L1: Geraldo, hoje você me recebeu três vezes. Aquele menino pedindo água, aquela senhora à qual você deu feijão e açúcar, aquele senhor que você ajudou, era Eu. Pois lembre-se da minha palavra:

T.: Todas as vezes que fizestes um benefício a um dos meus irmãos pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.

L2: Um estranho calor invadiu o coração de Geraldo; ele inclinou o rosto sobre a mesa. Sentiu-e leve; parecia que uma luz o envolvia; e então com voz tremula e emoção balbuciou:

T.: Obrigado, Senhor, muito obrigado pela vossa vinda.

L3: Eis a história de Geraldo que pode também ser a de cada um de nós aqui presente. A mensagem é que Cristo se encarna e quer identificar-se com o próximo nosso irmão, nossa irmã.

Dir.: Acendamos a quarta vela (branca). Que a luminosidade dessas velas nos abra os olhos para enxergarmos no próximo a pessoa de Cristo.

Canto: Que coroa é essa? Pra que rei será? (bis) é a coroa do Messias, é pro Filho de Maria! (bis).

Aclamai, aclamai, aclamai a virgem, que mãe há de ser! Ele vem, ele vem, ele vem, de Maria a Luz vai nascer! (bis)

T. O amor de Deus tornou-se visível, tangível, palpável em um corpo humano, em um coração humano, na pessoa de Jesus de Nazaré. Deus se faz homem para que os seres humanos se confraternizem pelo amor. Em Jesus Cristo, revelaram-se os primórdios da bondade. Nele, Deus escolheu o ser humano e o colocou no centro da história. Em Jesus, Deus colocou-se ao lado dos pobres, fracos e marginalizados. Nele, o amor de Deus se fez o humano.  (Phil Bosmans)

L1: É tão fácil dizer que amamos a Deus; mas nosso comportamento nem sempre dá testemunho.

L2: São João fala: “Se alguém disser que ama a Deus, mas odeia seu irmão a quem vê, é incapaz de amar a Deus, que não vê”.

T.: Senhor, dai-nos a consciência de que formamos uma só grande família de amor e de paz. Senhor, nós desejamos que o vosso reino progrida.

L3: Sim, o reino está em pleno desenvolvimento e atingirá a sua plenitude somente, quando Cristo voltar pela segunda vez para julgar a todos.

T.: E o critério do julgamento será o amor, a pergunta “Quanto você amou?” Pois então Cristo, sentado no seu trono, dirá aos justos:

Dir.: “Vinde, benditos de meu pai, tomai posse do reino, porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me deste de beber; era peregrino e me acolhestes; nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim. Então os justos perguntar-lhe-ão: (Mt 25,34ss).

T.: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com sede, e te demos de beber? Quando foi que te vimos peregrino, e te acolhemos? Nu, e te vestimos? Quando foi que te vimos enfermo ou na prisão e te fomos visitar?

L1: Responderá o Rei:

Dir.: Todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos foi a mim que o fizestes.

T.: Senhor, vinde. Venha a nós o vosso reino. Amolecei os nossos corações endurecidos. Abri os nossos olhos endurecidos. Abri os nossos olhos para com nossos irmãos necessitados. Aumentai em nós o respeito para com a pessoa humana, a fim de que enxerguemos nela um reflexo e imagem da vossa pessoa. Vinde, Senhor, vinde.

 

Canto final: Noite feliz, Noite feliz! Oh, Senhor, Deus de amor, pobrezinho nasceu em Belém. Eis na Lapa Jesus nosso bem. Dorme em paz, oh, Jesus dorme em paz, oh, Jesus

Noite feliz! Noite feliz! Oh, Jesus, Deus da luz, quão afável é Teu coração que quiseste nascer nosso irmão e a nós todos salvar, e a nós todos salvar.

Noite feliz! Noite feliz! Eis que no ar vem cantar aos pastores os Anjos do Céus anunciando a chegada de Deus de Jesus Salvador, de Jesus Salvador

 

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

COROA DO ADVENTO - 3ª VELA

 


CELEBRAÇÃO PARA A TERCEIRA SEMANA DO ADVENTO


Invocação a Trindade Santa: Nas horas de Deus, amém! Pai, Filho e Espírito Santo! Luz de Deus em todo canto, nas horas de Deus, amém!

Nas horas de Deus, amém! Que o bem nos favoreça, que o mal não aconteça, Nas horas de Deus, amém!

Nas horas de Deus, amém! Que o coração do meu povo, de amor se torne novo, Nas horas de Deus, amém!

Nas horas de Deus, amém! Que a colheita seja boa, que ninguém mais vague à toa, Nas horas de Deus, amém!

Dir.: Pela terceira vez estamos reunidos em torno da Palavra e do Família de Nazaré. Em frente do presépio vemos 4 velas, duas das quais já acesas. A primeira vela acesa há duas semanas nos lembra o Profeta Isaías, como nele a humanidade projetou o brado de esperança “Vinde, Senhor, abra-se a terra e germine o Salvador”. A segunda vela, acesa na segunda semana, nos lembra o arauto, João Batista, que nos mandou preparar o caminho para o Salvador. Hoje vamos contemplar uma terceira pessoa, pela qual se concretiza finalmente a esperança de Isaías. Trata-se de Maria. É ela também que mais do que ninguém atendeu ao apelo de João Batista: “Preparai os caminhos do Senhor”.

L1: Com ela começa uma nova era. Ela é a porta que liga dois grandes períodos: a Antiga Aliança e a Nova Aliança, a morte e a vida.

L2: Adão e Eva pela sua desobediência nos trouxeram a morte, mas se prenderam aquele fio de luz, aquela promessa divina.

Dir.: “Porei inimizade entre ti e a mulher. Entre a tua descendência e a descendência dela. E ela esmagará a tua cabeça e tu em vão tentaras mordê-la no calcanhar”. (Gen 3,15)

L3: Chegou o tempo de dar boas-vindas a essa senhora. Pois é ela a nova Eva que nos trouxe a luz divina, o novo e verdadeiro Adão, Senhor da Vida e da morte. É ela que esmagou o poder de Satanás.

T.: Salve Maria, salve Mãe do Redentor, salve nossa Mãe.

L1: Isaías se referiu a ela, quando profetizou:

Dir.: “Eis que uma Virgem conceberá e dará à luz um filho e será chamado Emanuel”. (Is 7,14)

L2: No entanto, Maria, da linhagem do rei Davi, era aparentemente uma moça comum, uma nazarena que buscava a Deus.

L1: É verdade que ela, como todas as jovens, sonhava com o nascimento do Messias. Pois o Salvador estava para chegar.

L2: Ela conhecia a Escritura e meditava sobre textos referentes ao Salvador prometido, mas não pensava que seria a mãe eleita.

L1: Ouçamos, porém, o que o Evangelista São Lucas nos narra:

L2: O anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi; e o nome da Virgem era Maria. Entrando, o anjo lhe disse:

T.: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo, bendita és tu entre as mulheres”.

L1: Maria, não compreendendo o sentido dessas palavras, ficou um tanto perturbada, mas o anjo continuou:

T.: “Não temas, Maria, pois encontrastes graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-se-á filho do Altíssimo, e o seu reino não terá fim”.

L2: Mas, perguntou Maria, como há de realizar-se tamanho mistério em mim?

L3: Respondeu-lhe o anjo:

T.: “O Espírito Santo descerá sobre ti e a força do Altíssimo cobrir-te-á com a sua sombra. Por isso o Santo Filho que nascer de ti será chamado Filho de Deus”.

L1: E então, inclinando a cabeça, Maria numa disposição total proferiu sua palavra máxima, a sua palavra de fé, de entrega, de humildade e de aceitação.

T.: Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra.

L2: Certamente ela não compreendeu o alcance dessas palavras, pois só depois da ressurreição ficou bem evidente que era o seu Filho Jesus.

L3: Por isso causaram essas palavras, ao lado de imensas alegrias, profundas chagas e dores.

L1: Maria, porém, deu a sua palavra e a cumpriu, com verdadeiro heroísmo até o fim.

T.: Obrigado, Maria, pelo seu exemplo de esperança, de humildade, de penitência, de fé, de amor e de perseverança.

L2: Depois que o anjo se afastou, Maria foi às pressas à casa de sua parente Isabel, que esperava um filho. Logo que Maria saudou Isabel, essa ficou cheia do Espírito Santo e exclamou:

T.: “Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Salvador? Bem-aventurada és tu que creste. Pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas”.

L3: Veja como o Salvador foi concebido em Maria, antes de tudo pela fé: “pois tu creste”.

L1: Maria parecia transformada quase que visivelmente pelo tesouro divino que trazia consigo.

Dir.: Cristo está bem perto. Acendamos a terceira vela (rósea), cantando:

Canto: Que coroa é essa? Pra que rei será? (bis) é a coroa do Messias, é pro Filho de Maria! (bis).

Alegrai, alegrai, alegrai, o espírito vosso, alegrai! Ele vem, ele vem, ele vem, e na luz do Senhor caminha! (bis)

L2: Quem melhor do que Maria nos poderia ensinar como se espera o Senhor, como preparar-lhe um berço em nosso coração, como hospedá-lo? Ninguém teve um advento tão sagrado como ela. Portanto:

T.: Maria, aumentai em nós a fé em vosso Filho. Ensinai-nos aquela lição de humildade; “Eis aqui a escrava do Senhor”. Ajudai-nos a fazer da frase “Seja feita a vossa vontade” a mola mestra da nossa vida. Que o Reino do vossa Filho venha, se desenvolva através do esforço de cada um de nós, até nos encontrarmos plenamente, no fim dos tempos. Vinde, Senhor, vinde.

Dir.: Para encerrar este nosso encontro: vamos neste momento nos consagrar a nossa Mãe, a Virgem de Nazaré, a fim de que ela nos acompanhe nestes tempos finais da chegada de nosso Salvador e Senhor, Jesus Cristo, cantando:

Canto final: Ó minha Senhora e também minha mãe,/ Eu me ofereço inteiramente todo a vós./ E, em prova de minha devoção,/ eu hoje vos dou meu coração./ Consagro a vós meus olhos,/ meus ouvidos, minha boca./ Tudo o que sou, desejo que a vós pertença./ Incomparável Mãe,/ guardai-me, defendei-me,/ como filho(a) e propriedade vossa. Amém. (bis)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

COROA DO ADVENTO - 2ª SEMANA

 


Celebração para A
SEGUNDA SEMANA DO ADVENTO


Invocação a Trindade Santa

Canto de abertura: Estes lábios meus vinde abrir, Senhor! Cante a minha boca sempre o seu louvor. Glória seja ao Pai, ao Filho e ao Amor também, que é um só Deus em Pessoas três, agora e sempre e sem fim. Amém.

DIR.: Outra vez estamos reunidos para celebrar o advento. Há quatro velas à nossa frente. As quatro velas simbolizam os quatro domingos do Advento que precedem o Natal. Cada domingo fazemos uma meditação sobre a vinda de Jesus Cristo. E cada domingo acendemos uma vela a mais. A primeira vela, já acesa, nos lembra a meditação da primeira semana do advento. Ela nos lembra aquela primeira luzinha fraca e pálida da promessa divina, milhares de anos atrás. Aquela luzinha da esperança que foi aumentando, aumentando até desembocar neste desejo: “Vinde, Senhor. Derramai, ó céus, das alturas o vosso orvalho, abra-se a terra e germine o Salvador”, são palavras do Profeta Isaias, que repleto de esperança representa a humanidade, gemendo pelo Salvador prometido. Obrigado, Senhor, pela luz divina que nos guia. Aumentai em nós a fome pelo vosso reino de amor.

L1: Os anos se passaram, e a humanidade continuava a sua caminhada, cambaleando de um lado para o outro, prendendo-se sempre àquele fio de luz que ora engrossava, ora afinava.

L2: Desde o brado de Isaías, 700 anos se passaram, e eis que um belo dia surgiu um homem estranho, um homem revestido duma rude pele de camelo.

T.: É João Batista, o profeta da penitência, o arauto do grande rei.

L1: Quando esperamos um grande personagem, então preparamos a sua chegada, arrumando e enfeitando as ruas e queremos que todo mundo colabore e participe das festividades.

L2: João Batista anunciava a vinda dum tal personagem. Não era uma pessoa qualquer, mas a figura mais importante que já houve: o Salvador prometido, o próprio Rei do universo.

L1: Por isso Ele convidava, insistia e clamava a todos em alta voz:

T.: Preparai os caminhos do Senhor. Endireitai as suas veredas.

Dir.: Sim, preparamos os caminhos, não os caminhos da terra ou de asfalto, mas os caminhos do coração. Tiremos os obstáculos que a enxurrada de egoísmo e de ódio deixou no caminho do coração.

T.: Senhor, ajudai-nos a fazer esta limpeza tão necessária, para que Vós tenhais livre acesso ao coração de cada um de nós.

L2: E João repetindo as palavras do Profeta Isaías, clamava mais alto:

T.: Preparai os caminhos do Senhor. Todo homem verá a salvação que vem de Deus.

Dir.: A luz da esperança está se aproximando mais e mais. Acendamos, portanto, a segunda vela (vermelha), cantando

Canto: Que coroa é essa? Pra que rei será? (bis) é a coroa do Messias, é pro Filho de Maria! (bis).

Preparei, preparai, preparai a estrada pro rei que virá. Ele vem, ele vem, ele vem, e o caminho irá clarear! (bis)

Dir.: Recitemos o salmo 84

R. Alegrai-vos sempre no Senhor, alegrai-vos no Senhor! (2x) Alegrai-vos, alegrai-vos, alegrai-vos no Senhor (2x).

1.     Quero ouvir o que diz o Senhor: é de paz que Ele via nos falar. A Paz para o seu povo e para os amigos aos que trazem ao Senhor seu coração. R.

2.     O Senhor nos dará tudo que é bom: a nossa terra dará o seu fruto. A justiça virá na sua frente a salvação seguirá os seus passos. R.

3.     Demos glória ao Pai Onipotente, ao seu Filho Jesus nosso Senhor e ao Espírito que habita em nosso peito pelos séculos dos séculos. Amém. R.

 

L1: O povo despertado e cada vez mais curioso e atento se interroga:

T.: Quem sabe: é possível que João tenha razão. Nós estamos esperando o Salvador há tanto tempo. Talvez Ele esteja perto, mas o que faremos para recebê-lo?

L2: E a resposta de João era:

Dir.: Convertei-vos, fazei penitência, isto é: mudai e reformai a vossa vida. Preparai o vosso coração. Fazei a vontade de Deus, pois: “Toda árvore que não der fruto bom, será cortada e lançada no fogo”.

L1: Novamente o povo perguntou a João:

T.: Mas como devemos preparar o nosso coração para a vinda do Salvador? O que devemos fazer?

L2: E João respondeu:

Dir.: “Quem tem duas vestes dê uma a quem não tem. Quem tem o que comer divida com o necessitado. Não pratiqueis violência, nem ofendais a ninguém. E contentai-vos com o que tendes”. (Lc 3,10-14).

T.: Senhor, ensinai-nos a verdadeira penitência: a conversão do nosso coração voltado para o próximo.

L1: E o povo, preso naquela grande expectativa e pensando que talvez João fosse Cristo, perguntou:

T.: Quem és Tu que nos prega a Salvação?

L2: João respondeu:

Dir.: Virá outro mais poderoso do que eu e a quem não sou digno de desatar as correias do calçado.

T.: Ensinai-nos, ó João Batista, aquela humildade, aquele espírito de serviço para com o próximo.

L1: E lá ressoava novamente a voz do precursor, do arauto do grande Rei:

Dir.: Convertei-vos, porque está próximo o Reino do Céu. Eu sou a voz do que clama no deserto. Preparai os caminhos do Senhor. Fazei penitência, a fim de que toda carne veja a salvação que vem de nosso Deus.

L2: Esse apelo de João Batista continua e continuará até os fins dos tempos. Pois enquanto o Reino não conseguir a sua plenitude, temos de renovar o nosso coração e rezar com insistência.

T.: Venha a nós o vosso Reino.

L1: Vinde, Senhor, e não tardeis. Nós temos fome e sede de vosso Reino. Saciai-nos, Senhor.

T.: Socorrei-nos, Senhor, neste vale de lágrimas. Que as preocupações, sofrimentos, doenças, inveja, briga e ódio, que nos sufoquem, mas nos amadureçam. Estendei-nos a vossa mão, e sede o nosso Guia para a Luz esplendida da vossa vinda final. Vinde, Senhor, vinde.

Canto Final: Ouço uma voz vindo da montanha, ouço cada dia melhor. Ouço uma voz vindo da montanha, E eis uma voz a clamar.

R. Preparai o caminho (bis). Preparai o caminho do senhor.

Vejo um rei sobre a montanha, vejo cada dia melhor. Vejo um rei sobre a montanha, e eis uma voz a clamar. R.

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

COROA DO ADVENTO - 1ª SEMANA

 


Celebração para o Advento

Preparando o ambiente: faça um ambiente orante em casa, com 4 velas, a bíblia, o presépio, ou imagem de Maria e José ou do menino Jesus.

primeirA SEMANA do advento

Canto de entrada – Senhor, vem salvar teu povo, das trevas, da escravidão, só tu és nossa esperança, és nossa libertação.

Vem Senhor, vem nos salvar, com teu povo vem caminhar. Vem Senhor, vem nos salvar, com teu povo vem caminhar.

Contigo o deserto é fértil, a terra se abre em flor, da rocha brota água viva, da treva nasce esplendor.

Dir.: Iniciemos nossa celebração, rezando juntos:

T. (Todos): Trindade Amada, vós sois a fonte da vida. Em vosso coração de Pai carregais todos os vossos filhos e filhas. Filho Jesus, pela vossa Encarnação viestes experienciar nossa vida humana, finita, fazendo-vos tão próximo e um de nós. Espírito Santo, vós nos apontais o caminho de Jesus para vivermos a unidade na diferença com todas as pessoas.

A: Estamos reunidos em vosso nome, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
T.: Amém, assim seja.

Dir.: O Salvador do mundo ao chegar à terra não encontrou um lugar apropriado. Nasceu num presépio. Cada ano Ele nasce, por assim dizer, de novo. Vamos lembrar este nascimento nos preparando para recebê-lo. Ele será a luz de nossa vida. As quatro velas simbolizam os quatro domingos do Advento que precedem o Natal. Essas irão sendo acesas cada domingo, uma a uma, até que no quarto domingo todas as quatro velas estejam acesas. Quando as quatro velas com a sua claridade nos envolvem sabemos que Cristo está bem perto.

L1: Cristo não desceu do céu de repente, nem foi solto na história e no tempo.

L2: Não, o seu berço, a sua vinda foi prometida e preparada através de longos e longos anos de preparação.

T.: Desde que nossos primeiros pais, Adão e Eva, naquele triste dia, desobedeceram a Deus, e foram expulsos do paraíso, desde aquele dia, a humanidade começou a sua longa caminhada, a sua penosa peregrinação.

L1: Começou a escuridão dos sofrimentos do ódio, da doença, da morte.

L2: para onde Senhor? Para onde? Indicai-nos o caminho a seguir. Estendei-nos a vossa mão!

L1: Perdemos todo o contato com a base, com a fonte, com o princípio.

T.: Mas, eis que surge uma luz no horizonte. É a luz da esperança: a promessa divina. E a voz de Deus soou:

Dir.: E Deus não se esqueceu dos homens.  No meio das tribulações e sofrimentos, surgiram os profetas. Pessoas às quais Deus confiou levantar um pouquinho daquele nebuloso, daquele futuro misterioso, revelando algo sobre aquele que deveria vir. No meio daqueles profetas, setecentos anos antes de Cristo surge uma grande luz: Isaías. O profeta do desejo, anunciando que o Reino está perto. Ouçamos o que ele diz:

T.: “Tomai animo, não temais, eis vosso Deus, Ele mesmo vem salvar-vos” (Is 35,4).

L1: “Eis que uma virgem conceberá e dará a luz um filho e será chamado Emanuel (Deus conosco). Sairá uma vara do tronco de Josué (pai de Davi) e uma flor brotará de sua raiz” (Is 7, 14; 2,1).

Dir.: Eis como a luz já está brilhando. Acendamos, portanto, a primeira vela (verde), cantando:

Canto: Que coroa é essa? Pra que rei será? (bis) é a coroa do Messias, é pro Filho de Maria! (bis).

Vigiai, vigiai, vigiai, com a lâmpada acesa nas mãos. Ele vem, ele vem, ele vem, não cochilem, nem durmam, irmãos! (bis)

T.: Alegrai-vos: Ele está bem perto. Sim, alegrai-vos mais no Senhor. Quero ouvir o que diz o Senhor: é de paz que Ele vai nos falar. A paz para o seu povo e para os amigos, aos que trazem ao Senhor o seu coração. O Senhor nos dará o que bom; nossa terra dará o seu fruto. A justiça virá na sua frente, à salvação seguirá seus passos. Demos glória ao Pai Onipotente, ao seu Filho Jesus nosso Senhor, e ao Espírito que habita em nosso peito, pelo século dos séculos. Amém.

Dir.: Leitura partilhada do salmo 84.

T.: Meu espírito e meu coração vigiam como os olhos da sentinela: estou na expectativa, eu te procuro, Senhor, sou com um vigia: é o Advento. Eu te procuro na oração e tu me ouves, Senhor, como um amigo sempre presente quando se bate à sua porta. Eu te procuro no Evangelho e tu vens a mim, Senhor, como um amigo sempre presente quando se lhe pede luz para atravessar a noite. Eu te procuro na missa, com os outros cristãos, e tu, Senhor, vens a nós por tua palavra e teu Pão, como um amigo, sempre pronto a oferecer o que há de melhor. Nós te procuramos cada dia e nós te vemos, Senhor, lá onde se espalha a alegria, lá onde a mentira é expulsa, lá onde a injustiça é suprimida. Para te encontrar, Senhor, é preciso vigiar! Em espírito e com o coração! (Charles Singer)

Dir.: E Isaías ardentemente suspira:

T.: Derramai, ó Céu, o vosso orvalho! O vosso orvalho e as nuvens façam chover os justos, abra-se a terra e germine o Senhor.

L1: Depois de tantos anos que Isaías soltou este brado de desejo, juntemo-nos a ele.

T.: Derramai, ó Deus das alturas, vinde, Senhor, renovai a face da terra. Venha a nós o Vosso Reino.

Dir.: O vosso Reino de Paz e de Amor tão calcado e pisado pelo racismo, pelo ódio, pela guerra, pelas rixas e briguinhas em casa.

T.: Senhor, sabemos que o Vosso Reino só será perfeito, no fim dos tempos. Mas vós nos mandastes rezar. Venha a nós o Vosso Reino. Vós quisestes contar conosco para a expansão do Vosso Reino e nós precisamos de Vós. Por isso, Senhor, vinde. Fazei chegar a todos os povos, a todas as raças, o Vosso Reino de Amor. Vinde, Senhor, vinde...

Canto final: Vem Senhor, vem nos salvar, com teu povo vem caminhar. Vem Senhor, vem nos salvar, com teu povo vem caminhar.

Tu marchas à nossa frente, és força, caminho e luz, vem logo salvar teu povo, não tardes, senhor jesus.

sábado, 28 de novembro de 2020

ESPIRITUALIDADE DO ADVENTO

 


ADVENTO

Bendito aquele que vem em nome do Senhor (Lc 13,35)

A palavra “advento” quer dizer “espera”. O advento corresponde ao período das quatro semanas de preparação para a chegada do Salvador e marca o início do ano litúrgico.

O tempo do Advento compara-se ao tempo da gestação de Jesus, para que em cada ano a comunidade e cada cristão formem o Cristo dentro de si e que gerem vida nova.

A cor roxa representa este tempo para nós, como sinal de conversão, vigilância, mudança de vida para receber Aquele que vêm. É uma alegre e contida expectativa por algo grandioso que irá acontecer para a salvação da humanidade, a encarnação do Verbo.

Na Bíblia, a visita de Deus a seu povo é sinal de grandes transformações e mudanças; sua passagem é marcante e definitiva. “Acabou com a morte para sempre. O Senhor Deus enxugará as lágrimas de todas as faces e, pela terra inteira, eliminará as humilhações” (Is 25,8). Sendo assim a liturgia deste tempo nos remete a uma expectativa: tudo aquilo que está morto vai adquirir nova vida, os rios de Deus transformam nossa secura e fazem renascer a esperança.

Espiritualidade do Advento

Os primeiros cristãos, viviam na alegre expectativa da volta do Senhor, assim como eles somos chamados a assumir e cultivar as atitudes de:

·     Libertação de nossas prisões (físicas e espirituais);

·     Cura que ameniza ou aplaca o nosso sofrimento e o sofrimento do outro;

·     Decisão e confiança no Filho de Deus e em seu projeto de salvação;

·     Alegria e otimismo para encarar a vida com esperança e fortaleza, acreditando que Deus é solidário e amigo e caminha conosco;

·     Crescimento na fé que nos leva a abertura ao projeto do Pai;

·     Acolhida do Reino de Deus, assumindo o compromisso com o novo céu e a nova terra.  

 

Costumes no advento

Várias são as formas de viver e celebrar o advento. Algumas formas ou símbolos vêm da liturgia, outros de tradições devocionais, familiares ou regionais que acabaram sendo inseridas na liturgia da nossa igreja, nas paraliturgias e nos preparativos para o Natal.

·     A coroa do advento: manifesta a chegada do Salvador com o belo simbolismo da vitória da luz sobre as trevas. Cada vela representa um domingo do tempo litúrgico, não necessariamente precisam ser coloridas. Em alguns locais, por exemplo, usam-se todas as velas da mesma cor (roxa), sendo uma delas um pouco mais clara, geralmente rosa, para representar o Domingo da Alegria (3º domingo do Advento)A cada domingo do Advento, uma vela é acesa. Então, quando terminarmos a caminhada das 4 semanas, iluminando o altar estarão as quatro velas acesas, com esse simbolismo da Coroa do Advento;

·     Montagem do presépio: um dos símbolos mais belos e que nos remete aos acontecimentos do nascimento do Menino Jesus;

·     As novenas de Natal: expressão de fé da comunidade que se prepara em união e oração para a chegada do Menino-Deus;

·     Organização das folias de reis;

·     Ações solidárias: iniciativas particulares ou eclesiais para que os menos favorecidos também tenham um Natal digno;

·     A Coleta para a Evangelização: realizada no terceiro domingo da Advento, tem a finalidade de manter a obra evangelizadora da CNBB nacional e regional.

·     Celebrações penitenciais: em muitos lugares se realizam celebrações penitenciais e ou mutirão de confissões, para que as pessoas possam ter a oportunidade de melhor se prepararem para a festa do Natal.

No final do ano, uma agitação incomum toma conta das famílias que se preparam para receber parentes e amigos – esse ano um pouco menos, por ocasião da pandemia -, dos comércios, dos grandes centros urbanos que se preparam para as exacerbadas “vendas natalinas”. Em meio a tudo isso corremos o risco de nos deixar distrair e fugir da verdadeira espiritualidade do advento e do Natal. Estejamos atentos ao que nos orienta a igreja neste tempo tão bonito e significativo. Algumas orientações podem nos ajudar a melhor vivenciar esse período:

·     Procure o sacramento da confissão;

·     Ajude alguma família carente;

·     Ajude alguma instituição de caridade;

·     Participe de maneira ativa nas celebrações de sua comunidade (na impossibilidade acompanhe pelas redes sociais);

·     Reze a novena de Natal em sua família ou na possibilidade, com seus vizinhos;

·     Prepare um espaço orante em casa (com o presépio ou imagem de Jesus, Maria e José, e uma bíblia);

·     Deixe o consumismo de lado: Viver o Natal deve ser mais do que usar roupas novas, ganhar presentes e celebrar tudo com muita comida e bebida; Viver o Natal é solidariedade e mudança de vida.

 

Enfim, eis o tempo para um novo recomeço, tempo de refazer planos e projetos, reavaliar a caminhada já feita, corrigir os erros se for possível e refazer o caminho a luz de Cristo. Tempo de reconciliação, de reforçar os vínculos com a comunidade eclesial, com a vida e com a família. Essa é a oportunidade de fazer um advento na própria vida, renovar esperanças e alegrias. Fazer acontecer o Natal aqui e agora.

 

ORAÇÃO DO ADVENTO

Deus de toda graça,
vem sobre nós nesta hora e visita-nos com teu amor incomparável;
enche-nos de expectativa radiante
e prepara-nos para receber a tua salvação;
ajuda-nos a preparar o caminho
e a endireitar o coração para recebermos o Salvador,
e a vivermos esse imenso Amor.
Amém.

 

FONTE:

Lelo, Antônio Francisco e Lima, Sidnei Fernandes. Série litúrgica - Advento: Aquele que virá, veio e vem. Paulinas, 2009.

Orações para o advento. Disponível em: https://cebi.org.br

Espiritualidade do tempo do advento. Disponível em: https://www.a12.com