quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

QUARTA SEMANA DO ADVENTO - CELEBRAÇÃO

Invocação a Trindade Santa

Canto de abertura: Estes lábios meus vinde abrir, Senhor! Cante a minha boca sempre o seu louvor. Glória seja ao Pai, ao Filho e ao Amor também, que é um só Deus em Pessoas três, agora e sempre e sem fim. Amém.

Dir.: Pela última vez estamos reunidos em torno do presépio. Em frente do presépio vemos quatro velas, três das quais já foram acesas. A primeira vela, acesa há três semanas, nos lembra aquela luzinha fraca da promessa divina que no Profeta Isaías encontrou um eco forte e esperançoso: “Vinde, Senhor, abra-se a terra e germine o Salvador”. A segunda vela acesa há duas semanas nos lembra como João Batista nos exortou e admoesta a prepararmos o caminho para a vinda do Senhor. A terceira vela acesa na semana passada nos lembra a Virgem Maria que teve um Advento tão sagrado como jamais houve. E hoje vamos refletir sobre a possibilidade de nos encontrar com o nosso Salvador.

L1: Ouçamos a história de um homem que esperava pela vinda de Cristo. Essa história poderia ser a de qualquer um de nós: de Maria, de Mario, de Isabel, de Francisco, de Tiago, de Antonio. Entretanto, chamamos o personagem pelo nome de Geraldo.

L2: Geraldo era um homem que vivia sozinho, isolado de todo o mundo, ou melhor, ele se isolava de si mesmo fechando o seu coração. Talvez por causa disso vivia insatisfeito. Ele achava a vida escura, sem graça.

L3: Um belo dia, era por ocasião de Natal, Geraldo teve um sonho no qual ouviu o seguinte: “Geraldo, amanhã você receberá a visita do Menino Jesus”.

L1: Geraldo levantou-se bem cedo, arrumou a casa, matou um frango, preparou um almoço bem gostoso, vestiu a melhor roupa que tinha e começou a esperar.

L2: De repente ouviu passarinhos e uma leve batida na porta.

L3: Geraldo apressou-se em abri-la e... era um menino qualquer pedindo um copo de água.

L1: Geraldo ficou zangado, queria mandar o menino embora, dizendo que não tinha água, mas acabou servindo ao menino.

L2: Passou certo tempo e novamente alguém bateu à porta.

L3: Era uma senhora idosa que morava meia légua distante.

L1: “Senhor Geraldo, me desculpe, mas chegou visita em minha casa; acontece que acabou meu feijão e açúcar; será que o senhor poderia emprestar um pouco dos dois?”.

L2: Geraldo já meio impaciente, virou as costas e resmungando, porém sem jeito, deu o que a senhora tinha pedido.

L3: Depois que ela saiu começou a chover. Primeiramente devagar, depois mais forte, era um verdadeiro temporal. O tempo passava; a mesa estava posta, a comida prontinha, mas nada do Menino Jesus.

L1: Ele ouviu um barulho dum carro. Passaram-se cinco minutos. Alguém abriu o portão: “O de casa”.

L2: Geraldo abriu a porta. “Boa noite, disse o homem, o meu carro atolou; por favor, queira me ajudar um momento”.

L3: Sumamente incomodado, Geraldo seguiu o homem pela chuva, arregaçou as mangas e pôs-se a ajudá-lo.

L1: Depois de meia hora, conseguiram tirar o carro, mas lá se foi a roupa bonita de Geraldo, molhada pela chuva e suor, toda cheia de lama.

L2: Nesta altura Geraldo convidou o homem a entrar, a fim de lavar as mãos; e uma vez dentro, vendo o frango assado e cansado de esperar pelo tal Menino Jesus, sentou-se à mesa e repartiu a refeição com o homem.

L3: Já era tarde, quando o homem se foi. Gerado ficou só, desanimado e decepcionado com o sonho. No entanto, ele precisava desabafar-se, soltar as mágoas e por isso ajoelhado, cobrindo o seu rosto com as grandes mãos, começou a pensar e a refletir sobre o sonho.

Dir.: E então, no silêncio da noite, Geraldo fez a maior descoberta de sua vida. Era como se ele ouvisse uma voz que dizia:

L1: Geraldo, hoje você me recebeu três vezes. Aquele menino pedindo água, aquela senhora à qual você deu feijão e açúcar, aquele senhor que você ajudou, era Eu. Pois lembre-se da minha palavra:
T.: Todas as vezes que fizestes um beneficio a um dos meus irmãos pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.


L2: Um estranho calor invadiu o coração de Geraldo; ele inclinou o rosto sobre a mesa. Sentiu-e leve; parecia que uma luz o envolvia; e então com voz tremula e emoção balbuciou:
T.: Obrigado, Senhor, muito obrigado pela vossa vinda.

L3: Eis a história de Geraldo que pode também ser a de cada um de nós aqui presente. A mensagem é que Cristo se encarna e quer identificar-se com o próximo nosso irmão, nossa irmã.

Dir.: Acendamos a quarta vela. Que a luminosidade dessas velas nos abra os olhos para enxergarmos no próximo a pessoa de Cristo. Recitemos o salmo 84:

Ref.: Alegrai-vos sempre no Senhor, alegrai-vos no Senhor! (2x) Alegrai-vos, alegrai-vos, alegrai-vos no Senhor (2x).
1. Quero ouvir o que diz o Senhor: é de paz que Ele via nos falar. A Paz para o seu povo e para os amigos aos que trazem ao Senhor seu coração.
2. O Senhor nos dará tudo que é bom: a nossa terra dará o seu fruto. A justiça virá na sua frente a salvação seguirá os seus passos.
3. Demos glória ao Pai Onipotente, ao seu Filho Jesus nosso Senhor e ao Espírito que habita em nosso peito pelos séculos dos séculos. Amém.


L1: É tão fácil dizer que amamos a Deus; mas nosso comportamento nem sempre dá testemunho.


L2: São João fala: “Se alguém disser que ama a Deus, mas odeia seu irmão a quem vê, é incapaz de amar a Deus, que não vê”.
T.: Senhor, dai-nos a consciência de que formamos uma só grande família de amor e de paz. Senhor, nós desejamos que o vosso reino progrida.

L3: Sim, o reino está em pleno desenvolvimento e atingirá a sua plenitude somente, quando Cristo voltar pela segunda vez para julgar a todos.
T.: E o critério do julgamento será o amor, a pergunta “Quanto você amou?” Pois então Cristo, sentado no seu trono, dirá aos justos:

Dir.: “Vinde, benditos de meu pai, tomai posse do reino, porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me deste de beber; era peregrino e me acolhestes; nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim. Então os justos perguntar-lhe-ão: (Mt 25,34ss).
T.: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com sede, e te demos de beber? Quando foi que te vimos peregrino, e te acolhemos? Nu, e te vestimos? Quando foi que te vimos enfermo ou na prisão e te fomos visitar?

L1: Responderá o Rei:

Dir.: Todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos foi a mim que o fizestes.
T.: Senhor, vinde. Venha a nós o vosso reino. Amolecei os nossos corações endurecidos. Abri os nossos olhos endurecidos. Abri os nossos olhos para com nossos irmãos necessitados. Aumentai em nós o respeito para com a pessoa humana, a fim de que enxerguemos nela um reflexo e imagem da vossa pessoa. Vinde, Senhor, vinde.

Canto final: Noite feliz...

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