domingo, 22 de maio de 2011

O Pai escolhe, o Filho chama e o Espírito envia


1. Oração inicial e acolhida

Anim.: Estamos iniciando esta celebração vocacional com espírito de alegria e de acolhida. Vamos refletir sobre a dimensão trinitária da vocação. Nosso Deus é comunidade, é Trindade, é Pai, Filho e Espírito Santo. Sabemos que a graça da Trindade Santa age em nossas vidas e nos fortalece para a missão da partilha e do amor. O Pai elege, isto é, escolhe a cada um de nós; o Filho nos chama e nos apresenta a missão; o Espírito Santo nos envia para o apostolado e está sempre conosco para nos ajudar. Invoquemos, portanto, o nosso Deus:
Todos: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. (poderá ser cantada a seguinte invocação: "Em nome do Pai...")

Anim.: Que a graça de Deus que é nosso Pai, o amor de Jesus Cristo, seu amado Filho e a força renovadora do Espírito Santo estejam com todos.
Todos: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.Bendito seja Deus que nunca nos abandona, está sempre conosco e nos impulsiona para a doação plena.

(canto de Animação)

2. Momento penitencial

Anim.: Chegou a hora de reconhecermos os nossos pecados. Somos frágeis e caímos. Nem sempre ouvimos o chamado de Deus. Vamos agora expressar nosso pedido de arrependimento.
(o Animador e a equipe litúrgica poderá usar de criatividade para o ato penitencial: poderá ser utilizado um canto; pedidos espontâneos de perdão; no final deste subsídio existem sugestões de algumas dinâmicas penitenciais. Lembre-se, prepare com cuidado)

Anim.: (após o ato penitencial) Que Deus todo-poderoso perdoe nossos pecados e nos conduza a vida eterna.
Todos: Amém. Obrigado Senhor pela sua infinita misericórdia!

3. Hino de louvor
- Bendito e louvado seja Deus,o Pai de Jesus Cristo, Senhor nosso, que do alto céu nos abençoou em Jesus Cristocom benção espiritual de toda sorte.
(R. Bendito sejais vós, nosso Pai, que nos abençoastes em Cristo)
- Foi em Cristo que Deus Pai nos escolheu, já bem antes de o mundo ser criado, para que fôssemos, perante a sua face, sem mácula e santos pelo amor. (Refrão)

- Por livre decisão de sua vontade,predestinou-nos, através de Jesus Cristo,a sermos nele os seus filhos adotivos, para o louvor e para a glória de sua raça, que em seu Filho bem-amado nos doou. (Refrão)

- É nele que nós temos redenção, dos pecados remissão pelo seu sangue.sua graça transbordante e inesgotável Deus derrama sobre nós com abundância,de saber e inteligência nos dotando. (Refrão)

- E assim, ele nos deu a conhecer o mistério de seu plano e sua vontade,que ropusera em seu querer benevolente, na plenitude dos tempos realizar:o desígnio de, em Cristo, reunirtodas as coisas: as da terra e as do céu. (Refrão)

4. A Palavra de Deus
Anim.: Deus confiou a Jeremias a difícil missão de transformar toda a estrutura social dominadora e exploradora da época. Jeremias foi escolhido e orientado por Deus a construir a nova sociedade.

Canto de aclamação da Palavra de Deus
(enquanto se canta, o animador poderá orientar uma dinâmica para que todos demonstrem seu amor à Bíblia: passá-la de mão-a-mão; levantá-la para que todos possam vê-la; fazer com que todos a beijem; incentivar para que todos tragam suas bíblias e a levantem nesse momento... ou usar de outra criatividade própria do lugar)

Leitor 1: Proclama o texto de Jer 1, 4-10

5. Motivação e partilha
Anim.: Nosso Deus é Trindade. Toda a ação divina é trinitária. Quando falamos em vocação, nos referimos a Deus que nos chama. É a Trindade Santa que está envolvida.

Leitor 1: Deus age em nossa vida manifestando seu infinito amor e bondade. Deus é Pai, é amor em plenitude. Ele tem planos para cada um de nós. Dizemos, portanto, que ele nos escolhe. Ele nos elege. Ele nos ama e nos quer felizes.

Leitor 2: Antes de tudo Deus nos elegeu em Cristo para sermos santos e imaculados.

Leitor 3: Mas Deus se encarna. Assume a natureza humana em Jesus Cristo, seu Filho amado. Jesus torna claro os planos de Deus. Ele veio para começar um novo Reino. Reino de justiça e de fraternidade.
Todos: Mas Jesus não quer fazer tudo sozinho. Ele precisa de colaboradores. É por isso que Ele chama os apóstolos e seus discípulos.

Anim.: Sozinhos não somos nada. Necessitamos da força da graça de Deus. Entra, então, a ação do Espírito Santo em nossa vida.

Leitor 1: O Espírito Santo nos envia em missão.

Leitor 2: Ele nos dá forças para sermos fiéis ao chamado de Jesus.
Todos: Por isso dizemos: O Pai nos escolhe, o Filho nos chama e o Espírito Santo nos envia.

Canto de animação (o animador motiva o grupo para um momento de reflexão e partilha, baseando-se nas questões abaixo)

a) Como é que experimentamos a ação da Trindade em nossa vida?

b) O que vocês entenderam da leitura do profeta Jeremias?

c) Como é que Deus nos escolhe?

Canto de animação


6. Momento de oração

Credo vocacional

Lado 1: Creio firmemente na minha vocação batismal

Lado 2: Creio na graça de Deus para assumi-la fielmente.

Lado 1: Creio em Jesus Cristo, enviado do Pai, que continua chamando ainda hoje, cada homem a viver plenamente o seu batismo.

Lado 2: Creio que Jesus também chama alguns para seguí-lo, assumindo uma vocação específica na Igreja como leigo, consagrado no mundo, religioso, religiosa, sacerdote e missionário.

Lado 1: Creio que Cristo ainda suscita alguns a assumirem a vocação contemplativa, indispensável na vida da Igreja.

Lado 2: Creio nos jovens, em seu coração inquieto sedento de Deus.

Lado 1: Creio no potencial de força transformadora presente em cada cristão consciente de seu compromisso. Que tudo empenha no trabalho pelo despertar das diversas vocações, na Igreja.

Lado 1: Creio na Igreja, onde construímos uma só família vivendo a unidade na adversidade de dons.

Lado 2: Creio no amor de Deus transformando corações e amadurecendo-os para seu serviço.

Sendo de costume da comunidade, poderá ser distribuída pelo Ministro da Eucaristia, a Santa Comunhão. Obs.: Fazer a preparação como de costume.

7- Gesto concreto
a) Existem pessoas vocacionadas em nossa comunidade?

b) Para quais vocações?

c) Como poderemos despertar mais vocações para a vida consagrada, sacerdotal e para os ministérios leigos?

Canto de animação

8 - Oração final
O animador motiva o grupo a rezar a Oração final.

Todos: Ó Senhor, pelo Batismo nos chamastes à santidade e à cooperação generosa na salvação do mundo. Na messe que é grande, auxiliai-nos a corresponder à nossa missão de membros do Povo de Deus. Qualquer que seja o chamado, fazei que cada um de nós seja verdadeiramente outro Cristo no meio dos homens. Ó Senhor, por intercessão de Maria, Mãe da Igreja, concedei-nos o dom misericordioso de muitas e santas vocações sacerdotais, religiosas, missionárias e leigas de que a Igreja necessita. Amém.

Canto final

segunda-feira, 16 de maio de 2011

MARTA E MARIA (Lc 10,38-42)


Preparação:

Imagino Betânia, casa de amizade, símbolo de intimidade com Jesus. Peço-lhe que entre também na minha casa e fique à vontade.

Contemplação:

1.- Jesus, em casa de Marta e Maria. “ Jesus amava Marta e sua irmã Maria...” (Jo 11,5). A amizade de Jesus é maior do que as diferenças entre as duas irmãs. Ele as visita e as valoriza como pessoas humanas necessitadas de afeto.

2. Maria de Betânia, a discípula amada. Maria, sentada aos pés do Senhor, "escutava suas palavras". Jesus aceita esta atitude, inusitada em uma mulher da época. Maria, modelo de pessoas contemplativas, está inteiramente concentrada na escuta da Palavra.

3. Marta, amada e repreendida: Enquanto Maria escuta, Marta se ocupa dos afazeres da casa. Sua personalidade contrasta com a de sua irmã. Ela é trabalhadora, prestativa, cheia de vitalidade. Pensa em tudo, está atenta a tudo, ocupa-se de tudo. Por isso, queixa-se com Jesus: Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha com todo o serviço? Manda que ela venha me ajudar! (Lc 10,40).

A resposta de Jesus supõe um clima de confiança entre Jesus e Marta. Ela se queixa com espontaneidade. E Jesus responde-lhe com carinho: Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada com muitas coisas... (Lc 10,41). Na nossa interpretação, Jesus repreende Marta, não por ser ativa, mas por não aceitar que sua irmã seja diferente.

Suponhamos que tivesse sido Maria a queixar-se da sua irmã continuar fazendo o trabalho da casa. Provavelmente, Jesus teria defendido Marta: "Maria, Maria... tu escolheste a melhor parte, mas alguém precisa fazer o serviço da casa e preparar a refeição".

Reflexão:

O episódio de Marta e Maria ilustra duas maneiras legítimas e complementares de ser discípulo/discípula de Jesus: escutar sua Palavra e trabalhar, por causa Dele, no serviço dos outros. O Senhor nos ama, com um amor único e especial, como amou as irmãs de Betânia. Mas a Marta, que não aceitava o modo de ser de Maria, ensinou-lhe a respeitar, amar e valorizar o diferente.

Oração:
Senhor, ajuda-me a viver com mais serenidade e disciplina interior! Faze com que eu, alimentado(a) pela Palavra, possa doar-me, com generosidade e coerência, ao serviço dos outros.

(Cf. Luis González-Quevedo, SJ, “Marta e Maria: Acolher Jesus, acolher o irmão, na escuta e no serviço”. Itaici, n. 32 (junho 1998) 55-61).

sábado, 14 de maio de 2011

ORAÇÃO PARA PEDIR A PAZ NA FAMÍLIA

Meu Deus, os profetas vos anunciaram como o Príncipe da Paz. Os anjos anunciaram paz aos homens, por ocasião de vosso nascimento. Morrestes na cruz para consolidar a paz entre Deus e os homens. “A paz esteja convosco”! dissestes aos Apóstolos, no dia da ressurreição. Aos mesmos Apóstolos, no dia da ordenastes: “Quando entrardes em alguma casa, dizei: a paz esteja nesta casa”. Senhor, fazei entrar a paz em nossa família. Que haja união, compreensão e amor. Dai-me especialmente a mim, o espírito de humildade e paciência para com meu esposo (esposa), amor e carinho para com meus pais e sogros, dedicação aos meus filhos e bondade para com todos em casa. Fazei que os irmãos se tratem como verdadeiros irmãos. Ajudai-nos a conservar a paz na família para merecermos a paz definitiva no céu. Assim seja.

sábado, 7 de maio de 2011

TERÇO: OS MISTÉRIOS DA ALEGRIA NA ÓTICA VOCACIONAL

Sugestão para ambientação: símbolos que represetem a caminhada do povo junto da devoção à Nossa Senhora.
Introdução
A.    (Animador/a): Agradecidos com a Palavra de Deus que nos apresenta seu Filho Jesus presente na história da Salvação, e nos chama a seguir seus passos, vamos rezar o terço numa ótica vocacional, de maneira reflexiva e contemplativa. Meditaremos os mistérios da alegria.
T. (Todos): Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
 A.: “No Rosário ecoa a oração de Maria, o seu perene Magnificat pela obra da Encarnação redentora iniciada no seu ventre virginal”, afirmou o papa João Paulo II na Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae (o Rosário da Virgem Maria). A prática do terço nos coloca na “escola de Maria”, exemplo de vocacionada do Pai, que soube dizer “sim” ao chamado de Deus, colocando-se a serviço da humanidade.

Canto (a escolha)
OFERECIMENTO DO TERÇO (Intenções livres)
A.: Divino Jesus, nós vos oferecemos este terço que vamos rezar, contemplando os mistérios de nossa redenção. Concedei-nos, pela intercessão de Maria, vossa Mãe Santíssima, a quem nos dirigimos às virtudes que nos são necessárias para rezá-lo bem e as graças que nos vêm dessa santa devoção. Creio em Deus Pai todo poderoso...
Pai Nosso e Três Ave-Maria
Canto (a escolha)
1º MISTÉRIO: O “SIM” DE MARIA
A.: Maria é chamada por Deus, através do anjo Gabriel, a ser mãe de seu Filho.
L1 (Leitor 1): “O anjo entrou onde ela estava, e disse: ‘Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo!’ Maria disse: ‘Eu sou a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra’. E o anjo a deixou” (Lc 1,28.38).
L2: Em Nazaré está Maria: uma donzela, virgem desposada. Que terá pensado? Que segredos refletem em sua vida? Que valores nos apresenta? Nada sabemos. Em torno dela existe um silêncio.
T.: Mas é um silêncio que Deus preenche, por isso o anjo diz: “Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo!”.
L3: Vocações Religiosas. Maria é a consagrada do Senhor por excelência. É um modelo de vida totalmente entregue a Deus na sua simplicidade humana. Aprendemos com seu “sim” a sermos, cada dia mais, dons para os outros.
T.: Bendita sois vós entre todas as mulheres, porque embora simples mulher, aceitastes ser verdadeiramente a Mãe de Deus. Bendito também é todo aquele que entrega sua vida em favor de muitos!
Rezar um Pai-Nosso e 10 Ave-Marias. Convém variar a forma de recitação nos cinco mistérios, usando, por exemplo, dois coros ou diferentes solistas.
Canto (a escolha)
2º MISTÉRIO: VISITA FAMILIAR
A.: Maria, a vocacionada do Pai, visita sua prima Isabel.
L1: “Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, às pressas, a uma cidade da Judéia. Entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. E Isabel disse: ‘Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre1’” (Lc 1,39-40.42).
L2: A cena da visita de Maria a Isabel serve para unir, desde o princípio, os caminhos de João Batista, filho de Isabel, e de Jesus, filho de Maria.
T.: João Batista não é a luz, mas veio para nos mostrar a luz que é o Cristo Jesus. João também é um vocacionado de Deus.
L2: O parentesco de João e Jesus é o reflexo dos seus caminhos: são aliados na obra de Deus; encontram-se já no começo de suas vidas.
L3: Matrimônio. Ser pai e ser mãe é também um chamado do Senhor.
T.: Na doação, no diálogo, no perdão, a família torna-se sinal de Deus no mundo. É o amor construindo lares de paz e acolhida. É a benção do Senhor acontecendo no ventre da família.
Rezar um Pai-Nosso e 10 Ave-Marias. Canto (a escolha)

3º MISTÉRIO: VOCAÇÃO A VIDA
A.: Nasce Jesus, Luz que ilumina os povos.
L1: “Enquanto estavam em Belém, se completaram os dias para o parto, e Maria deu à luz o seu filho primogênito. Ela o enfaixou e o colocou na manjedoura, pois não havia lugar para eles dentro da casa” (Lc 2,6-7).
L2: Desperta, ó homem! Por tua causa Deus se fez homem. A verdade brotou da Terra porque o verbo se fez carne e habita no meio de nós.
T.: Nasceu da virgem o filho que Gabriel anunciou, em quem no seio materno João, o Batista, exultou.
L3: Eis nossa primeira vocação: somos chamados a vida. Fomos, com carinho, modelados pelo Senhor, criados à sua imagem e semelhança. E, por isso, todo batizado é chamado a ser sinal da presença de Deus no mundo.
T.: É o Senhor que chama e convida a doar a própria vida, a levarmos a Boa Nova do Reino a todos.
Rezar um Pai-Nosso e 10 Ave-Marias. Canto (a escolha)
4º MISTÉRIO: LUZ PARA TODOS
A.: O Menino Jesus é apresentado no templo pelos braços do Velho Simeão.
L1: “Quando os pais levaram o menino Jesus para cumprirem as prescrições da Lei a respeito dele, Simeão tomou o menino nos braços, e louvou a Deus” (Lc 2,27-28).
L2: Para cumprirem as escrituras, levam Jesus ao Templo e oferecem-no ao Pai. E Deus, para responder, fala através de Simeão:
T.: “Agora, Senhor, podeis deixar o vosso servo ir em paz conforme prometestes. Pois meus olhos viram vossa salvação que preparastes diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória do vosso povo, Israel” (Lc 2, 29-32).
L2: Quando Deus chama alguém para falar de Jesus, testemunhá-lo e segui-lo, põe nele a luz, a chama, o brilho e o escolhe para ser profeta, sacerdote e pastor no meio do povo.
L3: Sacerdócio. Um simples homem que faz de sua vida uma inteira doação à causa do Reino. E junto com o sacerdote lembremo-nos dos demais ministérios ordenados (diáconos e bispos).
T.: O sacerdote oferece sua vida ao Pai, tendo presente a oferta de Jesus no templo: oferta viva que se transforma em comunhão para todos.
Rezar um Pai-Nosso e 10 Ave-Marias. Canto (a escolha)
5º MISTÉRIO: CATEQUIZAR
A.: O Menino, agora com 12 anos, é encontrado no Templo, ouvindo e ensinando os doutores da Lei.
L1: “Sua mãe lhe disse: ‘Meu filho, por que você fez isso conosco? Olhe que seu pai e eu estávamos angustiados, à sua procura’. Jesus respondeu: ‘Por que me procuravam? Não sabiam que eu devo ocupar-me das coisas do meu Pai?” (Lc 2,48-49).
L2: A sabedoria de Jesus não é produto de um contato com os sábios da escola. A sua mensagem não é efeito de um pensar do mundo.
L1: Sendo menino, Jesus debate com os sábios no Templo e ensina: “A minha ciência não provém deste mundo”. Certamente é o saber do Pai que o inspira. Por isso, diz para Maria e José que o procuravam:
T.: “Não sabiam que eu devo ocupar-me das coisas do meu Pai?”
L3: A vocação do catequista – a eles e elas que, numa disponibilidade tamanha, doam parte de seu tempo em aprender e ensinar os caminhos de Deus aos outros, queremos rezar este mistério.
L2: Temos muito o que ouvir, aprender e também ensinar sobre Deus. Jesus nos ensina a ocupar-nos dos ensinamentos do Pai, a contagiarmos a cada um com Sua Palavra de vida.
T.: A messe é grande, mas são poucos os operários. Enviai, Senhor, discípulos e discípulas a essa realidade carente de escuta de sua Palavra, de seus ensinamentos.
Rezar um Pai-Nosso e 10 Ave-Marias. Canto (a escolha)
AGRADECIMENTO
A.: Graças vos damos, soberana Rainha, pelos benefícios que todos os dias recebemos de vossa mão. Dignai-vos, a agora e para sempre, tomar-nos debaixo de vosso poderoso amparo e para mais vos louvor, saudamos com uma salve-rainha. Salve Rainha, Mãe de misericórdia...
Canto final (a escolha)

domingo, 1 de maio de 2011

ORAÇÃO PEDINDO GRAÇAS POR INTERCESSÃO DO SERVO DE DEUS O PAPA JOÃO PAULO II

Trindade Santa,  nós vos agradecemos
por terdes dado à Igreja o papa João Paulo II e por terdes feito resplandecer nele a ternura da vossa Paternidade, a glória da cruz de Cristo e
o esplendor do Espírito de amor.
Confiando totalmente na vossa infinita misericórdia
e na materna intercessão de Maria,
ele foi para nós uma imagem viva de Jesus Bom Pastor
indicando-nos a santidade como a mais alta medida da vida

cristã ordinária, caminho para alcançar a

comunhão eterna convosco.
Segunda a vossa vontade, concedei-nos,

 por sua intercessão, a graça que imploramos,
na esperança de que ele seja logo inscrito
no número dos vossos santos. Ámém”.                                            
 (Com aprovação eclesiástica) 

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Da Candelária ao Realengo: uma Via Sacra que parece não ter fim

A chacina que aconteceu no último dia 07 de abril, na Escola Municipal Tasso da Silveira em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, infelizmente não é a primeira do gênero no Brasil como muitos andam dizendo por aí. Dezoito anos atrás, precisamente na madrugada do dia 23 de julho de 1993 um grupo de extermínio abriu o fogo contra 70 crianças e adolescentes de rua que dormiam ao relento nas imediações da Igreja da Candelária matando oito pessoas, entre as quais seis menores de 18 anos.
Não dá para esquecer isso porque, apesar das diferenças quanto às circunstancias, o movente e o perfil dos assassinos, as duas chacinas têm algo em comum: a idade de suas vítimas, entre 11 e 17 anos, e o fato de terem sido mortas com armas de fogo sem chance de defesa. Na Candelária morreram Paulo Roberto de Oliveira, de 11 anos; Anderson de Oliveira Pereira, de 13 anos: Marcelo Cândido de Jesus, de 14 anos: Valdevino Miguel de Almeida, de 14 anos; "Gambazinho", de 17 anos e Leandro Santos da Conceição, de 17 anos. No Realengo faleceram Milena dos Santos Nascimento, de 14 anos; Mariana Rocha de Souza, de 12 anos; Lari ssa dos Santos Atanásio, de 13 anos; Bianca Rocha Tavares, de 13 anos; Luiza Paula da Silveira Machado, de 14 anos; Laryssa Silva Martins, de 13 anos; Géssica Guedes Pereira, de idade não divulgada; Samira Pires Ribeiro, de 13 anos; Ana Carolina Pacheco da Silva, de 13 anos e Igor Moraes da Silva, de 13 anos.
Estes meninos e meninas, apesar de terem histórias diferentes, ficaram irmanados num trágico destino. Suas vidas foram prematuramente ceifadas pela violência. Nesse momento pouco importa se uns eram meninos de rua e outros estudantes. O que interessa mesmo é que todos eles eram crianças e adolescentes. Os meninos da Candelária morreram enquanto sonhavam. Os do Realengo encontraram a morte enquanto estudavam. Os meninos da Candelária estavam na rua. Mas os do Realengo estavam na escola. Os meninos da Candelária morreram no meio da noite. Os do Realengo em pleno dia. Todos eles tiveram seus sonhos abortados. De noite ou de dia, na rua ou na escola, em casa ou na praça, pouco importa: ficaram a mercê da violência. Nós não estamos dando conta de proteger nossas crianças.
Diante da gravidade destes fatos não dá para surfar nas ondas do sensacionalismo, mas é preciso mergulhar nos fatos para aprofundar a reflexão e encontrar respostas que ajudem a derrotar a violência.
Retomar o mais rápido possível a campanha do desarmamento, desarmar os corpos e os espíritos, boicotar os programas televisivos e os jogos eletrônicos que incentivam a violência, derrotar a prática do bullying, educar à solução não violenta dos conflitos, intensificar os programas de tratamento destinados aos portadores de psicopatologias, promover a solidariedade, incentivar a cultura do cuidado pela vida, do respeito pelas diferenças e da atenção à pessoa são passos imprescindíveis para evitar estas tragédias e construir a cultura da paz. Comportamentos como aquele do autor da chacina poderiam ser previstos e evitados se houvesse uma atenção especial para com as pessoas, sobretudo com aquelas que, desde pequenas, apresentam transtornos e dustúrbios psicóticos.
Espero que estas tragédias, além de provocar nossa comoção, nos convoquem a um compromisso firme em defesa da vida. Sugiro, enfim, que as famílias das vítimas, a quem manifestamos a nossa solidariedade, estudem a oportunidade de uma ação indenizatória contra a empresa responsável pela fabricação das balas e das armas que foram utilizadas para assassinar estas crianças na mesma linha das ações impetradas por doentes de câncer contra as empresas produtoras de cigarro. Quem sabe que tal artifício não contribua a diminuir a produção e a comercialização de armas e de munição.
Padre Saverio Paolillo (Pe. Xavier)
Pastoral do Menor
Arquidiocese de Vitória – ES
Rede Aica - Atendimento Integral á Criança e ao Adolescente