segunda-feira, 23 de agosto de 2010

OS VALORES EM NOSSA VIDA

O jovem tem valor quando valoriza sua vida, sua história, sua força capaz de mudar o que precisa ser mudado.

Valor é tudo o que contribui para o nosso bem e o bem dos irmãos. Deus fez o homem dotado de muitos valores.

Quando cultivo os valores que existem em mim, torno-me cada vez melhor e ajudo o muno ao meu redor a ser melhor também.

Quando uso mal algum valor, ele se transforma em antivalor.

O amor, o respeito ao ser humano, a honestidade, a coragem, são exemplos de valores.

O egoísmo, o desrespeito, a desonestidade, a covardia são exemplos de antivalores.

O QUE SÃO VALORES

Os valores podem ser transportados e guardados? Como as coisas podem ter um valor? Valor é uma coisa? Não vamos aqui falar de moedas, ou valores econômicos. Podemos nos perguntar: O que faz o dinheiro, o diamante e outro ter valor?

O que vale mais: um carro-forte cheio de dinheiro ou um carro-pipa cheio de água? Espere, não decida o final. Vamos primeiro fazer uma viagem imaginária. Você está sozinha, sem nada, perdida no deserto. Agora responda: o que vale mais o carro-forte ou o carro-pipa?

A nossa arma é poderosa. Como não podemos entrar no carro-forte, o tornamos sem valor. Aí podemos perceber que o valor não é uma “coisa”. Não podemos chegar num restaurante e pedir um quilo de valores. O valor não é algo que possa ser medido, quantificado. Então os valores dependem só do sujeito? Ou eu dou valor às coisas? Voltemos ao Saara. Você caminhou um dia inteiro num sol escaldante. Em sua mente só uma imagem: água. Repentinamente um oásis e você se atira de corpo inteiro. Triste realidade sua mente gerara uma ilusão.

A CONSCIÊNCIA DESCOBRE VALOR:

Valor não é um objeto, tampouco pura criação da mente humana, mas implica simultaneamente em algo valioso em alguém que valoriza. Uma barra de ouro, um gesto de amiga, uma pintura só tem real valor se alguém o reconhece valiosos. Os valores implicam nos dois pólos: o pólo objetivo e o pólo subjetivo; o valor em si e “valor para mim”.

O valor em si é uma qualidade valiosa de um ente. Uma qualidade não existe sozinha; é sempre qualidade de alguma coisa. Não existe o branco em si. Vemos uma folha branca, os cabelos brancos como neve. O branco não é neve nem cabelo, mas é uma qualidade que está neles e que podemos ver. Nas coisas em geral e nos atos humanos encontramos uma qualidade que chamamos de valor. Esta qualidade não é percebida por nossos cinco sentidos. As qualidades valiosas não são perceptíveis diretamente pela visão, pela audição, pelo tato, mas passam por eles. Como, então, podemos perceber os valores. Aqui é o momento de falarmos do pólo subjetivo, “valor para mim”.

O valor é sempre uma qualidade de algo. Não podemos esquecer que a consciência humana não é capaz de colocar em evidência uma qualidade nas coisas que aparentemente não se vê, não se ouve, não se sente. Este ato de construir algo valioso é próprio da consciência humana. Podemos dizer mais: um ato propriamente dito de humanização.

A valorização, o desvendar o valioso nas coisas é um modo de realização da pessoa humana. Algumas expressões comuns ajudam a esclarecer este aspecto de valorização: “isto valeu a pena!”; “isso é importantíssimo!”. Essas expressões revelam que descobrimos uma qualidade valiosa e com ela nos importamos. Importante é aquilo que me importa, que provoca em mim uma reação. Assim, valioso é percebido por uma capacidade de avaliação de nossa consciência. Não se trata de uma avaliação intelectual, matemática, mas de um sentimento: o sentimento de não indiferença.

EDUCAR PARA OS VALORES:

Diante da qualidade valiosa não ficamos indiferentes; temos uma reação; nos importamos com aquilo que descobrimos. Damos importância, porque nos importamos com aquilo que vale. Olhando para nossa experiência prática, logo percebemos que descobrir algo valioso, não se realiza por um cálculo matemático. É antes um ato de vida; um ato de decisão daquilo com que nos importamos. Os valores abrangem nossa vida inteira. Enfim, o valor é essencialmente uma questão de educação.

[Mundo Jovem, agosto/98 (132/12)]

Nenhum comentário:

Postar um comentário