domingo, 25 de setembro de 2011

VIDA OCULTA DE JESUS EM NAZARÉ

Preparação: Inácio só encontra matéria para dois pontos, em lugar dos 3 costumeiros (EE 271). A história pacata, deve ser imaginada, a partir de: Lc 2,40.51-52; Mc 6,3; Mt 2,23 (cf. Cl 3,3). Nazaré era um lugarejo insignificante (150 habitantes), desprezado pelos vizinhos de Caná da Galileia (cf. Jo 1,46). Imaginar a casa do carpinteiro José, a oficina, a fonte, a sinagoga. Ao cair da tarde, sentir-se a vontade, em casa de amigos simples, abertos a Deus e aos outros. Pedir a graça de estar com Cristo na humildade, no silêncio, no trabalho escondido.

Contemplação O mistério da vida oculta pede simplicidade.:

Ponto 1º: O Menino foi crescendo, ficando forte e cheio de sabedoria. A graça de Deus estava com Ele (Lc 2,40).

VER as pessoas: José, homem justo, fiel na sua função discreta, mas necessária, para dar a Jesus a filiação jurídica da casa de Davi. Confrontar com nossa resistência a assumir papéis obscuros, mesmo que sejam necessários à comunidade. Maria, mulher simples, forte, discreta. Contemplá-la no seu trabalho doméstico (faz a comida, lava e costura a roupa, limpa a casa e o quintal...). Jesus criança: Correndo, caindo, sujando-se na poeira, chorando...

Ponto 2º: (Jesus) Era obediente (hypotagé) a seus pais (Lc 2,51. EE 271). Inácio vê aqui o “exemplo para o primeiro estado” (vida familiar). “O Jesus adulto, viril, exigente, nunca perdeu a ternura da infância... A Sagrada Família era “um só coração e uma só alma” (Álvaro Barreiro, Trinta Anos da Vida de Jesus em Nazaré. Edições Loyola).

ESCUTAR: O silêncio de Nazaré, cheio da escuta de Deus. Ouvir o barulho de uma oficina de carpinteiro (Mc 6,3 Exercia o ofício de carpinteiro [tekton] EE 271). Refletir sobre o valor cristão do trabalho cotidiano, dos pequenos gestos feitos com amor. São Leão Magno, comentando o episódio dos Magos, diz que eles não encontraram Jesus submetendo demônios ou ressuscitando os mortos. Encontraram uma criança, dependente dos cuidados da mãe, sem dar qualquer sinal de poder, mas exibindo um milagre de humildade. Nazaré evoca ainda a pureza de Cristo (pureza de coração = “querer uma coisa só”), a sua obediência (hypakoé) total a Deus.

Ponto 3º: Despojou-se da sua glória assumindo a condição de escravo, tornando-se igual aos homens... Humilhou-se, fazendo-se obediente até a morte... (Fl 2,6-8)

Reflexão: Considerar o que Jesus, Maria e José fazem... Aparentemente, nada importante, uma perda de tempo... Desproporção entre a vida oculta (30 anos) e o ministério de Jesus (3 anos). A vida oculta de Jesus questiona nosso desejo de “aparecer”, nossa tristeza, quando nos deixam de lado.

Terminar com o colóquio, a revisão e anotação do mais significativo.


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