segunda-feira, 16 de agosto de 2010

SINAIS DE VOCAÇÃO

Sabendo por experiência que a vida é uma realidade viva e não estática: atividade, sentimentos, pensamentos, relações, apelos,desejos,...
É possível em tudo conhecer a vontade de Deus?
Como eu posso saber o que Deus quer de mim?... Como saber qual é minha verdadeira vocação?...
Estas e outras perguntas inquietam o coração de muitos jovens engajados. Eles querem colocar suas vidas a serviço dos outros na Igreja. Mas onde?...Como?...
A VOCAÇÃO: É um ministério pessoal e Eclesial, onde entram em jogo a liberdade do Senhor e a liberdade do indivíduo. É algo que acontece no mais íntimo e a partir daí repercute em todas as outras dimensões da pessoa. Há um apelo fundamental que impregna toda personalidade. É como que o “fio de ouro” da gente, o que há em cada um de mais típico e de melhor que faz ser ELE MESMO. Algumas pistas podem nos ajudar a “descobrir”:
• Vem de longe
• Nos faz feliz em profundidade,
• Ajuda aos outros,
• Dom que os outros reconhecem nas pessoas,
• Bate com que mais me atrai em Jesus Cristo e nas pessoas que admiro
• Integra a personalidade
• Elemento dinamizado, gerador de vida,anseios,planos...

Daí a necessidade de DISCERNIMENTO. Discernir é perceber, analisar os fatos da vida, nas emoções que sentimos, para distinguir o que é bom ou mau, verdadeiro ou falso e poder tomar uma decisão movido(a) pela razão, pelo entendimento e não pela emoção.
É claro que todos nós sabemos discernir espontaneamente, uma multidão de coisas. Um exemplo: Vemos longe fumaça e dizemos: “algo está queimando ali”. Não vemos o fogo, mas o advínhamos pela fumaça que percebemos. Fácil, não é? Pelos sinais que vemos podemos à causa que os origina. Assim acontece também com o discernimento.
Por isso os sinais são linguagem de Deus... e o discernimento é o processo de busca e acolhida da vontade de Deus.

Eis alguns SINAIS que sempre costumam estar presente em todos os vocacionados:

1. ESPIRITUALIDADE: Este é sinal fundamental. Sem ele todos os outros ficam de escanteio e não são significativos numa vocação de especial consagração: Padre, Irmão(a). TER UMA EXPERIÊNCIA PESSOAL DE UM DEUS QUE AMA. Experimentar o poder do Espírito Santo que nos perdoa, levanta, santifica e envia. Ter a certeza de que somos homens novos e mulheres novas que caminham, carregando nas suas mãos o poder de transformar as pessoas e estruturas, percebendo como Deus, no qual acreditamos e depositamos toda nossa confiança; abre seus caminhos diante de nós. Enfim, carregando nossa própria sombra , caminhando felizes param o sol.

2. SENSIBILIDADE: Diante das necessidades e sofrimento dos outros. Isto leva a defender e ajudar o empobrecido, o marginalizado, o necessitado, colocando a própria vida a serviço daqueles que mais precisam. Amar o que o mundo não ama: os pobres. Querer o que o mundo não quer: justiça. Viver como os grandes e poderosos não vivem: disponibilidade de serviço. Ser forte e corajoso sem perder a ternura jamais.

3. LIDERANÇA: Para criar comunidade. Líder é aquele que comanda e origina todo tipo de ação ou ideal em benefício dos outros. É fundamental saber trabalhar junto com os outros. O líder valoriza os outros, anima, apoia, organiza, partilha tarefas, responsabilidade e até a própria vida. Tem espírito de gratuidade e de iniciativa. Vive uma atitude de serviço.

4. CRIATIVIDADE: Nos relacionamentos interpessoais, na vida, no apostolado. Quem ama inventa mil formas de se aproximar do amado. Sabe comunicar-se, e escutar os outros: manifesta as idéias, sentimentos, projetos com claridade. Capacidade de se integrar numa comunidade e de superar as dificuldades de convivência. Renuncia em favor dos outros. Capacidade de perdoar e aceitar o perdão. Aparecem os frutos do Espírito: caridade, alegria, paz, paciência, gentileza, bondade, fidelidade, autonomia...para enriquecer a própria vida e a vida dos outros. Sem os frutos do espírito não existe criatividade e sem esta, a vida, a pregação e a mesma celebração Litúrgica ficam monótonas e sem graça. Só assim testemunharemos a favor de um mundo novo, diferente do temos e vivemos.

5. IDEALISMO: Desejar ir além do presente e do que se vê. Carregar dentro do próprio peito esperança duradoura, capaz de tranformar realidade mesquinha. Ter convicções profundas, sonhar com dias melhores, cremos que o somos e fazemos é semente de novo céu e nova terra. Ter vontade de anuncia os valores do Evangelho, a verdade e a paz, e proclamá-lo com alegria e esperança, a todos. Seu desejo de servir não é mero projeto para um amor à Igreja e sensibilidade às suas sensibilidades.

6. DESCOBRIR O SENTIDO PROFUNDO DE VIVER: Todos queremos ser felizes, mas muitos procuram felicidade, onde ela não se encontra. A felicidade como todas as outras coisas, deve ser feita, construída artesanalmente. Quando alguém se questiona sobre o que fazer para que os outros sejam um pouco mais felizes, descobriu a fonte da felicidade e já experimentou, dentro de si um chamado especial.

7. FIRMEZA: Nas convicções e nas decisões, sabe dizer SIM e sabe dizer NÃO quando isto for necessário, seguindo os valores do Evangelho de Jesus. Dependendo deste sim e deste não que dizemos, vamos fazendo caminho, vamos por uma estrada ou outra e vemos como umas portas se fecham e outras se abrem. É importante saber onde queremos chegar para não percorrermos caminhos que não levam a lugar nenhum. Saber compreender se perder o rumo da caminhada, saber amar, sem por isso ter que parar.

8. LIDERANÇA EXTERIOR: (livres de pressões externas: família, amigos...)e interior: (fugas, compensações, auto-realização, orgulho, medo, medo do sexo, fuga de uma crise sentimental.)

9. AFETIVIDADE: alegria interior, capacidade para a vivência dos votos, relacionamento familiar normal, relacionamento equilibrado com pessoas de ambos os sexos, integração no próprio grupo e ambiente.

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