segunda-feira, 5 de julho de 2010

FAMÍLIA UM ESPAÇO DE RELACIONAMENTO

O ser humano não foi criado para viver só. É em grupo que as pessoas se ajudam, se desafiam, se complementam e se aperfeiçoam. Ninguém é feliz sozinho. A própria natureza conduz as pessoas a viverem em grupo, a se relacionarem. A família é um grupo privilegiado onde pode acontecer este relacionamento.

A nossa época se caracteriza por grandes transformações, acarretando muitas angústias e inseguranças. Quem de nós já não sentiu profundas angústias diante das incertezas com que nos deparamos? São os novos inventos, a instabilidade econômica, as mudanças de hábitos etc.

Estas transformações atingem de forma direta a família. O relacionamento entre pais e filhos e entre marido e mulher tem hoje novas características. Há pouco tempo para encontros, os filhos exigem liberdade e independência, as mulheres deixam de ser submissas, a televisão rouba nosso tempo de diálogo e nos impõe padrões de comportamento e de mentalidade.


Nova família

Não há como fugir das mudanças. Seria infrutífero querer voltar ao passado. Isto não significa, porém, abandonar os valores. Nós somos desafiados a um questionamento sincero e corajoso sobre o tipo de família que queremos construir para o nosso tempo. Temos que ter respostas novas e atuais.

O modo de viver em família não é uniforme. Não vamos encontrar receitas prontas. Há, porém, princípios e valores que nos podem orientar. O diálogo, o respeito, a igualdade e a fraternidade certamente são indispensáveis.

Como podemos imaginar um relacionamento maduro se houver autoritarismo ou submissão ente os membros da família? A igualdade pressupõe a participação de cada um em todas as tarefas que envolvem o grupo familiar. E isso conquistamos através do diálogo, do planejamento em conjunto, da partilha dos fracassos e das vitórias de cada um. Os valores religiosos, culturais e sociais também não são tarefas individuais.

Os laços sangüíneos não são as fronteiras do amor. Quer dizer, a fraternidade não tem limites não pode excluir ninguém. A família não pode ser um gueto fechado e praticar uma espécie de individualismo de grupo. Daí que o relacionamento vivido no grupo familiar deve ser refletido para fora dele. Afinal, a sociedade é nossa, ela é toda nossa. Nós ajudamos a formar a sociedade e a sociedade nos atinge em todos os sentidos.

Se tivermos esta visão, então trataremos os filhos dos outros como nossos filhos, os irmãos dos outros como nossos irmãos e os pais dos outros como nossos pais. Isto é especialmente importante em relação àquelas pessoas mais excluídas da sociedade. Os meninos e meninas de rua, os solitários, os rejeitados, os expulsos de casa serão tratados como membros de nossa família. Oxalá possamos fazer um espaço de relacionamento.
Fonte: Mundo Jovem

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