terça-feira, 6 de julho de 2010

PARA REFLETIR: VINHO MELHOR

Caná da Galiléia. Uma festa de casamento, alegre e descontraída. Está presente uma convidada muito especial: MARIA DE NAZARÉ. Amiga da família, conhecida, parente? Não importa!

Maria, nesta festa, ensina-nos atitudes concretas que orientam nosso dia-a-dia.

A VIRGEM ATENTA: Maria é convidada, mas não se sente estranha à vida de festa, aos problemas que podem surgir. Quem ama nunca se sente convidado de “honra”, mas vive uma constante atenção ao que pode acontecer ao longo da festa. No seu amor atento percebe o constrangimento dos noivos pela falta de vinho.Nas bodas de Caná poderiamos destacar várias atitudes de Maria que, assumidas, tornam mais fácil e agradável à convivência.

MARIA vê, assume, age.
MARIA “VÊ”,Ela, com o seu olhar contemplativo, vive totalmente aberta aos outros. Não se preocupa consigo. Não se fecha em respeitoso individualismo. Olha ao seu redor no desejo de oferecer sua presença amável e delicada a quem precisar.

O “ver”de Maria torna-a totalmente aberta aos outros, seja qual for o problema que pode atingir os que caminham conosco. Autocontemplar-se é destruir a comunidade no seu crescimento e em sua vivência.

Maria “vê”que falta o vinho. Ela é atenta às necessidades dos outros, solícita para que a festa não se estrague por falta de algo.

O “ver de Maria”é assumir o problema do outro como o seu. Não podemos assumir de simples espectadores, ou espertos analisadores do que falta e nada mais.

É necessário na criatividade do amor procurar soluções que possam oferecer perspectivas novas para o futuro.

MARIA AGE com rapidez, competência no que lhe é possível. Ela recorre a Jesus, assume a sua função de mediadora, torna-se intercessora corajosa diante de seu filho pelas necessidades da humanidade.

Dentro da comunidade o nosso olhar deve ser vigilante, compreender o que é necessário para que o caminho se torne mais fácil.

Assumir corajosamente não só as nossas responsabilidades, mas também as dos outros. Não omitir-nos no que podemos e devemos fazer.

Profeta age sempre. Ele é dinâmico. O agir de Maria é procurar só o melhor. Jesus oferece a solução melhor, o vinho.

O melhor vinho é dar tudo o que temos e somos na pura gratuidade do amor. Realizar-se é ser gratuito. A comunidade religiosa não pode basear-se sobre nenhum interesse. Ela brota simplesmente da alegria do viver juntos(as), na doação,sem nada esperar.

PRESENÇA DO SOFRIMENTO: Maria é chamada refúgio dos pecadores, invocada como consoladora dos que sofrem, auxilio da humanidade. A fraternidade manifesta-se adulta, madura, nas tempestades da vida.

Às vezes somos educados mais para o “gélido o despersonalizado”respeito pela intimidade do outro do que para o maravilhoso mistério da solidariedade humana. Ser presença na alegria, no bem estar, nos mementos de sucessos humanos e espirituais é relativamente fácil.

Maria, Mãe e Mestra, ensina-nos a não romper os laços da amizade por causa dos erros dos outros. Não devemos ter medo de comprometer-nos com os que sofrem.

Também quando a nossa amizade for rejeitada, quando a nossa mão estendida não for apertada, é necessário permanecer de mão estendida.

Seremos os amigos da espera, os que permanecem sempre de porta aberta. A qualquer hora que alguém chegue, poderá adentrar.

Olhando para Maria, tomando-a como Mestra, aprende-se a ser sempre mais e a experimentar a alegria do estar juntos gerando e doando CRISTO JESUS.

Missão jovem maio/96 pag. 18

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